domingo, 30 de dezembro de 2007

Casa do Artista Riograndense pede ajuda*

Sem receber apoio governamental, o Lar de idosos sobrevive de doações


Fundada em Setembro de 1952 para abrigar artistas gaúchos desamparados, a Casa do Artista Riograndense tem enfrentado inúmeras adversidades para se manter ativa ao longo desses anos todos. Não existe nenhum tipo de incentivo legal vindo de entidades governamentais, e o único meio de subsidiar todas as despesas que o local exige é através de doações da comunidade a algumas ações da diretoria, como realização de shows, saraus, entre outras coisas. Apesar de não cobrar nenhum tipo de auxílio financeiro de seus moradores, a entidade tem recebido contribuições por parte dos mesmos, que atualmente têm arcado com o pagamento da luz e da água.


Situada no bairro Glória, em Porto Alegre, a Casa do Artista serve de lar para 8 pessoas de idade já avançada, entre elas músicos, atores e pessoas ligadas ao rádio. Alguns ainda estão na ativa, como é o caso do ator e músico Zé da Terreira. Contando até hoje com um certo prestígio entre a classe artística, Zé vive em constante movimentação criativa, ministrando oficinas para os jovens, participando de realizações teatrais, performances e shows musicais. Teve um cd lançado no ano de 2002 através do Fumproarte, intitulado “Quem tem boca é pra cantar”. No seu currículo ainda é possível descobrir diversas atividades marcantes, como sua participação na peça “Hair”, que foi montada em 1969 no Rio de Janeiro e tinha no elenco Sônia Braga, Ney Latorraca e outros atores de renome nacional. Morando da Casa desde o ano de 2001, Zé mostra-se contente com o funcionamento da rotina dentro da Casa: “Aqui dentro não há controle, não tem alguém que mande ou interfira na individualidade da pessoa. Cada um prepara sua própria refeição e se organiza da maneira que preferir. Há liberdade total”. Mesmo assim, acredita que é possível gerar uma infra-estrutura mais favorável aos moradores. “A gente tem que ir atrás de recursos, cada melhoria que conseguirmos trazer aqui pra dentro é uma vitória enorme”, enfatiza Zé, enquanto se prepara para realizar mais uma atividade fora da Casa.


De acordo com o diretor da entidade, Darcílio Messias, entre as principais dificuldades enfrentadas para a manutenção da Casa do Artista está o fato de não haver uma renda regular, uma vez que as doações e verbas conseguidas são escassas e nem sempre conseguem suprir todas as dificuldades financeiras. “As últimas direções que nos sucederam negligenciaram na suas relações com os poderes públicos municipal e estadual e a Casa passou por momentos de dificuldades extremas”, afirma Darcílio. Segundo ele ainda, a ajuda de órgãos governamentais traria enormes benefícios à sociedade, visto que o local é um bem de todos. “Essa relação com os governantes vem sendo retomada e, embora ainda não tenha resultado numa ação mais concreta por parte das autoridades, algumas tratativas já começam a ser esboçadas. Mas, por enquanto, muito pouco tem sido feito”, diz o diretor. A comissão de diretoria é sempre nomeada pelo Sindicato dos Artistas, e entre os antigos diretores da Casa está o diretor de teatro Dilmar Messias e o professor Dante Barone.



*Não lembro onde saiu isso, nem quando. Mas a casa ainda está lá.

3 comentários:

Anônimo disse...

vai te acostumando com a idéia de que tu vai pra lá quando ficar velho.

haha bad joke.

feliz 2008

DonnaCris. disse...

bah..
não sabia de quase nada sobre eles...
valeu pelas informações!
Bj!
C.
(crisbnc@hotmail.com - Add aê, por favor! Obrigado!)

Anônimo disse...

Puts cara...eh foda tu fica velho e depois tu ter q passar por isso...!
bah te admiro muito!!

qualquer coisa...se quiser add...diessica.pires@hotmail.com
um beijão ;)