Assistir a uma partida de futebol com os amigos em um bar é diversão e trago garantidos, não importa o dia nem ao menos quem joga. Às vezes, porém, melhor opção é deixar-se simplesmente habitar uma confortável cama de casal king size com vista pro televisor e saborear um belo instante de contemplação esportivo-cultural, visto que as transmissões futebolísticas na tv estão entre os maiores fetiches do imaginário cultural brasileiro. Nessa quarta-feira, em apenas 10 mintuos (os que mais trotearam sobre meu cerébro ao longo da partida), sapequei - como é comum falar no jornalismo esportivo - algumas pérolas aqui transcritas.
Cléber Machado narra a voracidade com que o zagueiro atleticano atinge o atleta adversário:
- Veja, o jogador "chegou chegando", como dizia o filósofo.
(Terá sido Montesquieu ou Rousseau o empregador de tão peculiar vocabulário? Vou pesquisar.)
Logo em seguida, o ex-árbitro Renato Marsiglia comenta com absoluta clareza um lance duvidoso ocorrido dentro da grande área palmeirense:
- Não houve nada. Um puxou o outro, o outro subiu no um...
(Ah bom, foi só isso... Se um dos dois estivesse armado, aí talvez fosse falta.)
A gota d'água, para mim, foi o momento em que o técnico do time mineiro, Celso Roth (sem piadas, ok?), aparece em plano fechado, quase um 'close', soltando farpas e conselhos a seus discípulos em campo. Seria fato corriqueiro, não estivesse posicionado próximo dele um microfone exclusivo e indiscretíssimo da Rede Globo, que captou a mensagem em alto e bom som para todo o país:
- Porra, caralho!! Aí não, puta que pariu!!
É nesses dias que eu me pergunto: O que eu ia perguntar mesmo?! Droga, acho que estou ficando burro. Vou deixar a cama de lado e ir para a academia de ginástica.
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