tag:blogger.com,1999:blog-3957735558377688662024-03-14T02:03:31.109-07:00voudizeraverdadeSemprequepossívelBruno Bazzohttp://www.blogger.com/profile/02378019341468620884noreply@blogger.comBlogger33125tag:blogger.com,1999:blog-395773555837768866.post-46010182403504520652010-05-27T04:12:00.000-07:002010-08-22T03:03:27.295-07:00Daytime Drinking*<span><span><div style="text-align: justify;"><br />'Daytime Drinking' é um longa-metragem sul-coreano de 2008, dirigido por Young-Seok NOH, que estreou no Jeonju International Film Festival, em Seul, no dia 3 de maio. Muitas vezes comparado a “Stranger than paradise” e “Sideways – Entre umas e outras”, o filme se diferencia, no entanto, por suas características ligadas à cultura oriental. Sua narrativa é cheia de trocadilhos, sob a forma de palavras repetidas e com um senso de humor bastante aguçado.</div></span></span><div style="text-align: justify;"><span><span><br />A ideia para o filme surgiu de alguns questionamentos simples sobre viagens e o que elas podem trazer de soluções pra problemas, bem como acarretar alguns a mais. Sob essa perspectiva, somada a uma frustração amorosa, tão típica, surge o fator “álcool”, que parece estar sempre presente quando se tem em mente encontrar pessoas, relaxar, abrir a mente – situações vividas ou esperadas quando se faz uma viagem. A questão principal, porém, é: E se as coisas fogem do controle? Na Coréia, acredita-se que beber durante o período do dia causa efeitos muito mais fortes do que durante a noite. Arrependimentos e outras sensações perturbadoras podem vir junto quando se acorda após um porre, porém esses são sentimentos bastante comuns a qualquer ser humano. Assim é o personagem central de Daytime Drinking, um homem que talvez pareça simpático e que talvez esteja jogado à sua própria sorte. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span><br />Após terminar seu namoro, Hyuk-Jin (Sam-dong Somg) vai a um bar com alguns amigos tentar esquecer sua desilusão. Algumas horas mais tarde, totalmente alcoolizados, eles combinam de fazer uma viagem para o campo, em uma pequena cidade chamada Jeongseon, na província de Gangwon-do. No dia seguinte, porém, os amigos de Hyuk estão com uma ressaca tão forte que não aparecem ao local combinado, e ele resolve entrar sozinho no ônibus que o levará a seu destino. Lá, ele descobre que está não apenas distante de seus amigos, mas de qualquer sinal de vida comum. As lojas estão fechadas, não há turistas por perto, a praia está congelantee seu celular se encontra sem sinal. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: justify;"> </div></div><div style="text-align: justify;"><span><span><br />Sem poder retornar, seu caminho acaba tomando diversas direções inesperadas, e o que era pra ser uma jornada de oportunidades e superação acaba se transformando em uma estranha experiência. Ao ser convidado por um casal para acompanhá-los em alguns drinques, Hyunk embarca, sem saber, num emaranhado de situações bizarras, e o que parecia apenas uma grande ressaca acaba se transformando numa verdadeira maratona alcoólica. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span> Em julho de 2009, a FUNImation Entertainment anunciou que havia adquirido os direitos para distribuir o filme na América do Norte.<br /><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: justify;"> <div style="text-align: justify;"> <div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_J63jVWR-TxQ/S_5ZX_WV-dI/AAAAAAAAAPQ/9nq1sEnNd9E/s1600/daytime_drinking.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 223px; height: 320px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_J63jVWR-TxQ/S_5ZX_WV-dI/AAAAAAAAAPQ/9nq1sEnNd9E/s320/daytime_drinking.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5475912465606113746" border="0" /></a></div> </div> </div></div><div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: bold;"><br />Sobre o diretor: </span></div><span><div style="text-align: justify;">Nascido em 1976 em Seul, na Coréia do Sul, Young-Seok Noh estreou no cinema com Daytime Drinking. Além de assinar a direção do filme, ele também assumiu os papéis de roteirista, diretor de fotografia, produtor, editor, compositor, designer de produção e ator. Com todas essas funções, Noh aparece no cenário cinematográfico asiático como uma grande revelação, e um futuro promissor, distanciando-se largamente de seu passado, quando frequentava a Seoul National University para cursar Arte cerâmica.</div></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><div style="text-align: justify;">Após conquistar a audiência e crítica sul-coreana com sua divertida e realística percepção de momentos simples, o diretor levou seu Daytime Drinking para diversos festivais ao redor do mundo, incluindo os prestigiosos Toronto e Locarno. </div><span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: bold;">Regras sul-coreanas para beber: </span></div> </span></span></div><div style="text-align: justify;">Na Coréia do Sul, o ato de ingerir bebidas alcoólicas vem cercado de rituais estabelecidos que, conforme mostrado em Daytime Drinkng, podem ser extremamente divertidos assim como um pouco problemáticos. Apesar do ar um tanto quanto formal dessa tradição, o personagem principal do filme, Hyuk-jin, pode ser visto como um cidadão coreano comum bebendo em qualquer bar. Porém, se ele se encontra em algum restaurante ou outro estabelecimento mais refinado, essas regras devem ser respeitadas. Veja, resumidamente, as 9 regras para beber na Coréia do Sul.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span>REGRA 1 – “SOJU” – BEBIDA TÍPICA NACIONAL </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>REGRA 2 – O “ESPÍRITO DE BEBER” </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>REGRA 3 – NUNCA DERRUBE O PRIMEIRO COPO </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>REGRA 4 – RESPEITE OS MAIS VELHOS </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>REGRA 5 – NUNCA DEIXE O COPO DO SEU AMIGO VAZIO </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>REGRA 6 – A ARTE DE SERVIR </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>REGRA 7 – O COPO VAZIO </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>REGRA 8 – MANTENHA O CONTROLE! </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>REGRA 9 – QUANDO TODAS AS OUTRAS REGRAS FALHAREM – ESQUEÇA! </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span><b>Créditos </b></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>· Director, Writer, Producer, Cinematographer, Production Designer, Editor, Sound, Composer: NOH Young-Seok (primeiro filme) </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> · Produção: StONEwork, cantarias </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> · Representantes de Vendas: Eleven Arts </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span><b>Elenco </b></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>· SONG Sam-dong as Hyeok-jin (Go Go 70) </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> · YOOK Sang-yeob as Ki-sang (Hand Phone) </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> · KIM Kang-hee as Next-door woman (Roommates, 4 Horror Tales) </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> · Lee Ran-hee as Ran-hee (Welcome to Dongmakgol) </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> · SHIN Un-Seop · TAK Seoung-jun </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span><b>Festivais </b></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>· Jeonju International Film Festival 2008 </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> · Locarno International Film Festival 2008 </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> · Toronto International Film Festival 2008 </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> · Vessoul Asian Film Festival 2009 </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> · Asian Hot Shots Berlin 2009 </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> · International Film Festival Rotterdam 2009 </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> · SXSW Film Festival 2009 SXSW Film Festival 2009 </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> · Hong Kong International Film Festival 2009 </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> · Wisconsin Film Festival 2009 </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> · Singapore International Film Festival 2009 </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> · Fantasia Festival 2009 </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> · Seattle Film Festival 2009 </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span><b>Prêmios</b> </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>· JJ-Star Award / Audience Award Critics '- Jeonju International Film Festival </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> · Special Mention of the Jury / NETPAC Award - Locarno International Film Festival 2008 </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> · INALCO Jury Award - Vessoul Asian Film Festival 2009 </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span><b>Especificações técnicas</b> </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>· Título Original: Naj sul </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> · País de Origem: Coréia do Sul </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>· Duração: 116 minutos </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> · Formato: 35mm </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> · Cor<br /><br /><br />* Release para a Mostra de Cinema Zona Livre 2010, no CCBB-RJ<br /></span></span><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-size:12;" lang="PT"></span><span style="" lang="EN-US"><o:p></o:p></span></p></div>Bruno Bazzohttp://www.blogger.com/profile/02378019341468620884noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-395773555837768866.post-14164075019542191612010-05-27T03:58:00.000-07:002010-08-22T03:04:13.786-07:00Glue*<span><div style="text-align: justify;"><br />Mesmo com o relativo acesso que temos a cinematografia Argentina, alguns filmes e diretores acabam passando rapidamente por nossas terras sem que se dê a devida atenção. Glue, do cineasta Alexis dos Santos, merece destaque, já que traz um cinema jovem, que embora tenha sido bastante explorado nos anos 90, cria direções novas e se abstém de qualquer julgamento sobre as ações do protagonista, criando uma câmera livre em que a impressão que temos é que o personagem vai se descobrindo ao mesmo momento que vamos descobrindo ele.</div></span><div style="text-align: justify;"><span><span><br />Nascido em Buenos Aires, em 1974, mas criado na Patagônia, Alexis se dedicava ao estudo de Arquitetura e Interpretação em sua cidade natal antes de se mudar para Londres, onde estagiou como diretor na Escola Nacional de Cinema e Televisão. Para filmar seu primeiro longa-metragem, o cineasta retornou às suas origens, criando uma obra voltada para o mundo adolescente no meio do nada, um mundo que ele próprio conhecia tão bem. O roteiro de ‘Glue’ consistia unicamente em um enredo com 17 páginas, sendo que a grande maioria das cenas foram improvisadas. Ao escolher esse tipo de processo criativo, o diretor buscava um nível elevado de autenticidade e desembaraço nas atuações, principalmente dos jovens. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span> O filme, que estreou em 2 de fevereiro de 2006 no Festival Internacional de Rotterdam e conquistou diversos prêmios, tem traços dramáticos e também de comédia, e se passa em uma pequena cidade na desértica Patagônia. Lucas, com 15 an</span></span><span><span>os de idade e em plena fase de ebulição hormonal, passa seu tempo com os amigos Nacho e Andrea, dividindo experiências e vivências do que é ser adolescente em uma pequena cidade argentina e em pleno verão. Sua vida familiar é bastante conturbada, e como forma de escape, o personagem principal do filme tem grande fascínio por situações simples do cotidiano, como sua relação com os amigos e com a música. A trilha sonora foi criada pela banda de rock norte-americana Violent Femmes (<a href="http://www.vfemmes.com/">http://www.vfemmes.com</a>), surgida em 1982 e ainda em atividade. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span> Escrito e realizado por Alexis dos Santos, são as suas lembranças que marcam a temática e enfoque para o desenrolar da história. A partir da inspiração na própria adolescência do autor, o jovem elenco teve grande liberdade para improvisar, com atuações brilhantes e que trazem maior carga de realidade ao filme. Apesar dessas caract</span></span> <span><span>erísticas próprias que o entornam, ‘Glue’ pode ser captado e entendido como um enredo universal, pois trata de um período marcante para todas as pessoas de qualquer região, e de uma maneira bastante comovente. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span> Através de narrações em off em algumas partes, quase todo o caminhar do filme é intercalado entre momentos de solidão dos personagens com um certo grau de melancolia e dúvida, e outros de cumplicidade e descoberta da amizade, típicos da fase de transformações por que passam. Esses traços aproximam a obra de Alexis a outras realizações recentes do cinema latino-americano, como “E tua mãe também”, de Alfonso </span></span> <span><span>Cuarón, e “Temporada de patos”, de Fernando Eimbcke, por sua realidade bem como a atmosfera intimista, em retratos juvenis bastante consistentes. A utilização de diversas imagens feitas com a câmera na mão também leva o filme numa direção em voga atualmente. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span>‘Glue’, que ganhou na Argentina o subtítulo “Historia adolescente en medio de la nada”, é, sobretudo, um filme de visões singulares, seja pela carga pessoal presente no roteiro, ou pelas atuações que explicitam muito do próprio ator em sua representação. A fotografia também acerta em cheio ao se utilizar de cores próprias para cada situação, como ao mostrar o verão de maneira mais avermelhada, quase que numa tentativa de retratar a luminosidade exata do sol. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span>O filme tem 110 minutos de duração e foi gravado principalmente com cenas em DV, e algumas em super 8, posteriormente passadas para 35 mm. Asisst</span></span><span><span>a ao trailer: <a href="http://www.youtube.com/watch?v=hl1Ikv6O5Ig">http://www.youtube.com/watch?v=hl1Ikv6O5Ig </a> </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Myspace do diretor Alexis dos Santos: <a href="http://www.myspace.com/lazystranger">http://www.myspace.com/lazystranger</a> </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Entrevista com o diretor: <a href="http://newdirectors.blogspot.com/2007/03/director-alexis-dos-santos-on.html">http://newdirectors.blogspot.com/2007/03/director-alexis-dos-santos-on.html</a> </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span><b>Filmografia: </b></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>1997 – Meteoritos (17 min.) </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>1999 – Axoloti (16 min.) </span></span> </div><div style="text-align: justify;"><span><span>2001 – Sand (20 min.) </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>2006 – Glue </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>2009 – Unmade Beds: </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Com estreia mundial no Sundance Film Festival, conta a história de Axl e Vera, que acabam se encontrando ao vagarem por Londres enquanto tentam superar seu passado. Axl (Fernando Tielve) quer encontrar seu misterioso pai, de quem não tem notícias desde a infância, em um cotidiano de bebedeiras, festas e relacionamentos nada duradouros. Vera tenta esquecer uma desilusão amorosa, vivendo a frieza e o estranhamento de uma cidade grande. Dando forma a tudo isso, uma trilha sonora ligada ao indie rock, com performances ao vivo e cenas em clubs cinzas e barulhentos. </span></span> </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span><b>Prêmios: </b> </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Rotterdam International Film Festival - 2006 </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Prêmio MovieZone Por ‘Glue’ </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Nantes Three Continents Festival – 2006 </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Prêmio da Audiência Jovem Por ‘Glue’ </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span>San Francisco International Lesbian & Gay Film Festival - 2007 </span></span> </div><div style="text-align: justify;"><span><span>Prêmio Melhor Estreia Por ‘Glue’ </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Torino International Gay & Lesbian Film Festival - 2007 </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Prêmio Especial do Júri Por ‘Glue’ </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Montreal Festival of New Cinema – 2009 </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Quebec Film Critics Award – Menção Especial Por ‘Unmade Beds’ </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span><b>Ficha técnica: </b></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Glue </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Argentina – 2006 – 110 min – Drama – Cor – Espanhol/Inglês</span></span><br /><br /><div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_J63jVWR-TxQ/S_5X24lxATI/AAAAAAAAAPI/tczkKlIVcTY/s1600/glue.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 210px; height: 320px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_J63jVWR-TxQ/S_5X24lxATI/AAAAAAAAAPI/tczkKlIVcTY/s320/glue.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5475910797344440626" border="0" /></a><br />* Release para a Mostra de Cinema Zona Livre 2010, no CCBB-RJ<br /></div> <span><span></span></span><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-size:11;" ><o:p></o:p></span></p></div>Bruno Bazzohttp://www.blogger.com/profile/02378019341468620884noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-395773555837768866.post-53826303062115893852010-05-22T19:20:00.000-07:002010-08-22T03:05:15.839-07:00Instrument*<p class="ecxecxmsonormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt; text-align:justify;line-height:150%;background:white"><b><i style="mso-bidi-font-style: normal"><span style="line-height:150%;Arial","sans-serif"font-family:";font-size:11.0pt;"></span></i></b></p><span><div style="text-align: justify;">Reino Unido, 115 min, 1998, Documentário, cor e p&b </div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span>“Um diretor/filmmaker extremamente talentoso com inúmeros filmes de inúmeras bitolas em sua história ao lado de uma das bandas mais importante do punk|hardcore mundial. O afegão radicado nos EUA, Jem Cohem e os músicos do Fugazi se unem nesse longa para mostrar 10 anos da história da banda de Washigton DC. Repleta de fantásticas imagens de arquivo que o diretor capturou e obteve de uma das mais instigantes épocas do quarteto liderado por Ian Mackey, o filme constrói uma narrativa extremamente fiel à essência da banda, proporcionando uma vivência única aos que o assistem, remetendo diretamente ao que deveria ser um show deles ao vivo. Para àquelas não tão, ou nem um pouco, fãs de Fugazi, fica a dica: Uma grande oportunidade de proporcionar-se uma legítima experiência sobre a busca de fazer-se uma música honesta, verdadeira para àquelas que a fazem e livre de pretensões financeiras e midiáticas, fato que podemos relacionar diretamente ao cinema de Jem Cohem, exemplificado com este seu longa metragem.” – Davi Pretto e Bruno Carboni, curadores da Zona Livre </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Parte da trajetória de uma das bandas mais importantes do rock independente no mundo todo é mostrada através do olhar do renomado e inspiradíssimo cineasta Jem Cohen. “Instrument”, um documentário musical que não parece ser um documentário e que pode ser visto até por alguém que jamais ouviu falar na banda Fugazi, pois é um filme que trata, antes de tudo, de artistas em desenvolvimento e sua relação verdadeiramente carinhosa com o seu público. Essa é a atração que o Cine EsquemaNovo – Festival de Cinema de Porto Alegre (CEN) e o Centro Cultural Banco do Brasil trazem ao Rio de Janeiro, na Zona Livre – Mostra Internacional de Cinema. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Tratar de uma banda de rock considerada “engajada” socialmente, com um passado punk e um público fiel ao extremo é uma tarefa um tanto quanto complicada, ainda mais quando a intenção é mostra-la nua e crua, em ação. Mas o filme consegue mostrar coisas que pouca gente conhecia no Fugazi: o senso de humor e o lado sentimental deles. Mais do que uma performance ao vivo cheia de energia e garotos de cabeças raspadas, amontoados e suando juntos, Instrument trata de arte, de música e relacionamentos humanos, mas de uma maneira que apenas o diretor Cohen e os membros da banda conseguiriam fazer. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Para as gravações do documentário, foram utilizados filmes de em 16 mm, super-8 e vídeo, além de alguns materiais de arquivo. A idéia era captar a banda não apenas executando suas músicas, mas também criando, seja em estúdio, hotel, entrevistas etc. Há muitas imagens de shows, não apenas dos integrantes do grupo em cima do palco, mas também da própria platéia. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Cohen e a banda pensavam também em utilizar aspectos de “dub” (espécie de remix, onde efeitos sonoros são incluídos e alterados) na mixagem do áudio, construindo uma experiência musical que fosse além das inalteradas performances ao vivo e, ainda assim, mantivesse seu caráter “verdadeiro”. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span> A colaboração do Fugazi foi bastante intensa no filme. Durante 5 anos, foram capturadas imagens e material que pudesse se integrar num documentário distante do tradicional, e que fosse o mais próximo possível de um documento amplo e histórico. Antes ainda desse tempo de convivência com a banda, o diretor matinha contato com seus integrantes, fazendo-o inclusive na finalização do filme. O Fugazi participou extensivamente do processo de edição, com idéias e criando material sonoro especialmente para entrar na trilha. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span> Apesar de todo seu aspecto experimental, que o afasta dos documentários propriamente ditos para uma espécie de filme artístico ou um road-moive, ele registra a evolução e o íntimo de uma banda que sempre procurou exatamente a mesma coisa em suas canções: experimentar e fugir de regras preestabelecidas. Não espere assistir a um filme como “Anthology” dos Beatles, nem mesmo “The Great Rock n’ Roll Swindle”, dos Sex Pistols. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span> <b>Fugazi </b></span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Formado em 1987 na capital norte-americana, o Fugazi é uma banda quase sempre citada como parte do chamado “pós-punk”, principalmente por seu principal nome, o guitarrista e vocalista Ian MacKaye, ter sido membro de um importante grupo punk, o Minor Threat. Ao formar a banda, Ian tinha como companheiro Jeff Nelson, que acabou saindo para montar outro projeto, o “Three”. Atualmente, os dois são sócios da Dischord Records, responsável pelos lançamentos do Fugazi. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span> Antes de tocar no Minor Threat, Mackaye formou a ingênua banda Teen Idles, em 1979, porém não obteve muito sucesso. Foi apenas a frente da já referida sumidade punk que ele despontou para os olhos da música internacional, criando para si uma imagem antidrogas e politicamente consciente. O movimento “Straight Edge” (http://pt.wikipedia.org/wiki/Straight_edge), ligado a preceitos de vida ecológicos e anarquistas, nasceu através das letras e mensagens do Minor Threat, apesar de MacKaye negar a paternidade dos “edge kids”, como são chamados, por defender escolhas e modos de vida pessoais. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Outro aspecto bastante ímpar do Fugazi é sua preocupação constante com o público, algo que chama atenção pelo lado ético raras vezes visto no mundo do rock. Seus ingressos nunca passam de U$5, e seus shows são abertos para todas as idades, e podem ser realizados em lugares que vão além de clubs e ginásios, para mostrar que a música não tem barreiras. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span><b>Discografia </b></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>The Argument – 2001 </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>End Hits – 1998 </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Red Medicine – 1995 </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>In on the Kill Taker – 1993 </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Steady diet of nothing – 1991 </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Repeater - 1990 </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Myspace da banda: <a href="http://www.myspace.com/fugazidischord">http://www.myspace.com/fugazidischord </a></span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span><b>Jem Cohen </b></span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Nascido em Kabul, no Afeganistão, em 1962, onde seu pai trabalhava para o governo norte-americano, o cineasta Jem Cohen atualmente vive em Nova York e é reconhecido mundialmente por seu trabalho multifacetado ao longo de mais de 20 décadas. Sua ligação com a música sempre foi bastante forte, e gerou trabalhos com artistas como R.E.M., Sonic Youth, Tom Verlaine (Television), além do próprio Fugazi. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Sem formação acadêmica voltada para a sétima arte especificamente, Cohen preferiu se especializar em pintura e fotografia, que dariam a seus filmes traços singulares, numa contemplação e aproximação de diferentes formas artísticas, passando pelo documentário, retratos, videoclipes e outras criações, experimentais ou não. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Seu filme de estreia se intitula “Chain”, ganhou premiere no Berlin Film Festival e acabou levando o Independent Spirit Award. Em seguida vieram outros prêmios importantes, como Full Frame Documentary Festival, por “Benjamin Smoke”, Locarno, Bonn Videonale, Film + Arc e o Festival Dei Popoli, por “Lost Book Found”, um retrato de Nova York inspirado em Walter Benjamin, entre outros. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span> Cohen jamais conseguiu se adaptar à filosofia cinematográfica de Hollywood, apesar de ter trabalhado na parte técnica com nomes como Martin Scorsese, Alex Cox e John Sayles. Sua visão política aguçada e proposta artística não se encaixam muito ao mainstream como o conhecemos, estando mais próximo do lema punk “do it yourself”. “É muito inspirador para mim ver as pessoas aceitando coisas de fora da indústria musical, e isso me deu um tipo de modelo para trabalha fora da indústria do cinema”, diz o diretor. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><div style="text-align: justify;">Muitos de seus trabalhos, quando não são criados exatamente como instalações, ganham exibições em museus, galerias e outros espaços culturais que não uma sala de cinema tradicional. Isso aproxima cada vez mais a sua relação com outras formas de arte, e dá visibilidade ao tipo de filme que Cohen quer lever ao público. Retrospectivas desse tipo foram feitas em sua homenagem na Inglaterra, Argentina, Alemanha e Espanha, e em 2005 o Fusebox Festival, na Bélgica, o convidou para ser curador. </div><span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span><div style="text-align: justify;"><b>F</b><b>ilmografia: </b></div> </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>The 8 (2009) </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> Chinatown Film Project (2009) </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> Evening's Civil Twilight in Empires of Tin (2008) </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> Long for the City (Patti Smith in New York) (2008) </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> Blessed Are the Dreams of Men (2006) </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> Building a Broken Mousetrap (2006) </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> NYC Weights & Measures (2005) </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> Chain (2004) </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> The Best of R.E.M.: In View 1988-2003 (2003) (V) (videos "E-Bow the Letter", "Nightswimming") </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> Benjamin Smoke (2000) </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> Little Flags (2000) </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> Amber City (1999) </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> Blood Orange Sky (1999) </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> Instrument (1998) </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> Lucky Three an Elliott Smith Portrait (1997) </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> Lost Book Found (1996) </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> R.E.M. Parallel (1995) (V) (video "Nightswimming") </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> Buried in Light (1994) </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> Black Hole Radio (1992) </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> Drink Deep (1992) </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> R.E.M.: This Film Is On (1991) (V) (videos "Belong", "Country Feedback") </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> R.E.M.: Pop Screen (1990) (V) (video "Talk About The Passion") </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> Just Hold Still (1989) </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> This Is a History of New York (1987) </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> A Road in Florida (1983) </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span> Site do diretor: <a href="http://jemcohenfilms.com/wp/">http://jemcohenfilms.com/wp/ </a></span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span><b>Elenco: </b></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Brendan Canty </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Joe Lally </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Ian MacKaye </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Guy Picciotto </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span><b>Equipe </b></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Direção, Fotografia e Edição: Jem Cohen </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Música Original: Fugazi </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Departamento de Som: Andrew Kris, Nick Pellicciotto e Joey Picuri</span></span><p class="ecxecxmsonormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt; text-align:justify;line-height:150%;background:white"><span style="line-height:150%;Arial","sans-serif"font-family:";font-size:11.0pt;"><o:p></o:p></span></p></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">*Release para a Mostra de Cinema Zona Livre 2010, no CCBB-RJ</div>Bruno Bazzohttp://www.blogger.com/profile/02378019341468620884noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-395773555837768866.post-1052030511979652342010-05-22T18:50:00.000-07:002010-08-22T03:06:09.061-07:00Stingray Sam*<div><br /></div><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_J63jVWR-TxQ/S_iPHRscfiI/AAAAAAAAAPA/Pcf6pQgKr9s/s1600/stingraysamcard.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 214px; height: 320px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_J63jVWR-TxQ/S_iPHRscfiI/AAAAAAAAAPA/Pcf6pQgKr9s/s320/stingraysamcard.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5474282702240513570" /></a><span><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">USA / 2009 / 60 min / p&b e cor </div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span> <b>Técnicas de Captação </b></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> Principal Formato: HD - 4:3</span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><div style="text-align: justify;">“Stingray Sam dispensa muitas apresentações. Criado sob influência direta do custume que criou-se de ver filmes no youtube divididos em trechos de 10 minutos, e em ipods e suas pequenas janelas, relacionado diretamente com a continuidade da existência do 35mm, Cory McAbee consegue dar um grande passo à frente nesse seu segundo longa metragem, perseguindo e aprimorando suas valências e surpreendentes habilidades que demonstrou no seu filme anterior (leia sobre American Astronaut), mas se reinventando de maneira muito sagaz, inclusive sobre o próprio fato de fazer ficção científica, criando um dos filmes mais relevantes dessa mostra, na nossa opinião. Stingray Sam foi lançado em 35mm no importantíssimo festival de Sundance nos EUA, mas tem sua distribuição feita simultaneamente, não só por outros renomados festivais internacionais e salas de cinema, mas também para download no site oficial do filme, sendo disponível inclusive em formato para ipods, contendo junto um interessante material adicional sobre o filme com fotos, trilha sonora, making of e etc. Como foi dito antes, a última obra de McAbee dispensa muitas palavras de apresentação. Todas essas informações não seriam relevantes se ele não conseguisse transcender toda essa originalidade de suas idéias e criar um filme que fale por si mesmo. Para nós, ele conseguiu.” - CURADORIA</div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span> O filme é um western-espacial envolvendo dois personagens principais, Stingray Sam e seu cúmplice Quasar Kid, na tentativa de salvar uma garota, seqüestrada em um planeta muito rico. Com uma trilha sonora acachapante produzida pelo The Billy Nayer Show, banda do diretor Cory McAbee (<a href="http://www.corymcabee.com/">http://www.corymcabee.com</a>), é uma espécie de seqüência ainda mais radical do que McAbee vinha explorando em seu filme antecessor, American Astronaut. Inédito no Rio de Janeiro, essa é mais uma atração que a Mostra Zona Livre traz ao CCBB. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span> Para esse novo projeto, o diretor usou como inspiração a idéia de trabalhar com uma tela pequena, algo que surgiu a partir de um convite feito a ele pelo Sundance Festival, para que criasse um filme curto disponibilizado para telefones celulares. Dessa nova tecnologia audiovisual, surgiu “Reno”, escrito, produzido, dirigido e interpretado por McAbee em 2007, e que contou com a trilha sonora também executada pelo The Billy Nayer Show. Reno utiliza-se de técnicas como colagens e fotografias still, tiradas com uma pequena câmera digital (Nikon Coolpix 3100) e tratadas em Photoshop, juntamente com algumas cenas filmadas com uma Sony HDV 1ZU.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Desenvolvido para ser visto em qualquer tipo de tela, desde um celular até a de uma sala de cinema, Stingray Sam também foi escrito por McAbee, e conta com ele ainda no papel do protagonista. Após estrear em Sundance em 20 de janeiro de 2009, o longa percorreu alguns festivais como o Imagine, Sci-Fi London, Brooklyn International, Austian Fantastci Fest, Oslo International e Oxford Film Festival. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span> Através de sua narrativa musical, intercalada entre cenas em preto-e-branco e coloridas, o diretor retrata uma parte da cultura norte-americana de maneira inovadora, com cowboys que dançam, numa espécie de ficção-científica com caráter social, embalado por rock n’ roll e um grande senso de humor. Aliás, essa união entre trilha sonora e película, trabalhada anteriormente por McAbee em American Astronaut, acaba ganhando um tratamento ainda mais especial, de maneira tão integrada que o futurismo retratado em Stingray Sam só poderia ser enxergado corretamente através de suas danças e estética musical. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span> A história de Stingray Sam é desenvolvida através de episódios, como se fosse uma série, com uma música específica para cada um deles. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span> Episódio 1: Factory Fugitives </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Episódio 2: The Forbidden Chromosome </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Episódio 3: The Famous Carpenter </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Episódio 4: Corporate Mascot Rehabilitation Program </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Episódio 5: Shake Your Shackles </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Episódio 6: Heart of a Stingray </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span>O resgate de uma garotinha, filha de um carpinteiro famoso (na realidade do filme, para ser famoso, basta ser bom no que se faz, incluindo um carpinteiro), é o cerne da trama, recheada de tiradas e diálogos engraçados e paródias. Tudo isso com um senso de bom gosto absolutamente na medida. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span> Fã de Dennis Potter, todos os filmes de McAbee podem ser considerados como parte do gênero “musical”, porém não da maneira convencional. Essa é a maneira que o cineasta achou para desenvolver seu interesse por música e cinema de forma ímpar, diferente daquilo que ele conhecia e se interessava como espectador. Não há a necessidade de a música estar diretamente relacionada com aquilo que acontece em cena, por exemplo. “Em meus filmes, eu quero que as músicas reflitam mais a personalidade de quem está cantando, ao invés daquilo que eles estão fazendo”, diz McAbee. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span> Desenvolvido para ser visto a qualquer hora do dia e em qualquer circunstância (dentro do carro, na cama, numa sala de aula e até numa sala de cinema), e com um formato narrativo seqüencial, porém fragmentado, Stingray Sam pode trazer uma nova reflexão a cada vez que você o assiste, e pode ser também apreciado em partes, sem perder seu sentido. Diante daquilo que as novas tecnologias nos oferecem, McAbee surge com uma obra inovadora e ao mesmo tempo brilhante, revistando conceitos e imagens populares com maestria. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span><b>Elenco </b></span></span></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Ron Crawford – Old Scientist </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Crugie – Quasar Kid </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Maura Ruth Hashman – Heaven </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>David Hyde Pierce – Narrador (voz) </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Jessica Jelliffe – The Clerk </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Robert Lurie – Cubby </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Cory McAbee – Stingray Sam </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Willa Vy McAbee – Girl The Carpenter’s Daughter </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Caleb Scott – The Artist </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Soren Scott – Ed </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Frank Stewart - Barnaby </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Joshua Taylor – Fredward</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Michael Wiener – Smarmy Scientist </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span><b>Equipe</b> </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><div style="text-align: justify;">Empresa Produtora: BNS Productions</div><span><div style="text-align: justify;">Direção: Cory McAbee</div><span><div style="text-align: justify;">Diretor de Fotografia: Scott Miller</div><div style="text-align: justify;">Edição de Som: Karl Derfler </div><div style="text-align: justify;">Montador / editor: Andrew Blackwell</div><div style="text-align: justify;">Produção: Becky Glupczynski & Bobby Lurie</div><div style="text-align: justify;">Roteirista: Cory McAbee</div><div style="text-align: justify;">Trilha sonora original : The Billy Nayer Show</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">*Release para a Mostra de Cinema Zona Livre 2010, no CCBB-RJ</div></span></span><p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: 150%"><span style="Arial","sans-serif"font-family:";"><span class="apple-style-span"></span><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><o:p></o:p></b></span></p></div>Bruno Bazzohttp://www.blogger.com/profile/02378019341468620884noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-395773555837768866.post-87669707666586482282010-05-21T18:08:00.000-07:002010-08-22T03:06:34.802-07:00Sangre*<div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Um filme experimental, acessível para quem busca o cinema tal como ele é, sem tanta parafernália hollywoodiana. Assim o cineasta Amat Escalante definiu ‘Sangre’, seu primeiro longa-metragem, de 2005, vencedor do Prêmio da FIPRESCI (Federação Internacional da Imprensa Cinematográfica), em Cannes, e que o CCBB, através da Mostra Zona Livre, traz com exclusividade para o Brasil.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Considerado por alguns como integrante de “um novo cinema mexicano” Escalante (<a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Amat_Escalante">http://en.wikipedia.org/wiki/Amat_Escalante</a>) preferiu utilizar apenas atores amadores, em busca de um efeito mais próximo da realidade. Cirilo Recio, que interpreta o personagem principal Diego, foi descoberto pelo diretor na rua de sua casa: Ambos são vizinhos em Guanajuato, no México, cidade que serviu também de locação para a película. Esse tom intimista permeou todo o processo de rodagem de ‘Sangre’, que durou quatro semanas ao todo e envolveu apenas dez pessoas.</span></span></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Além disso, trata-se de mais uma parceria entre Escalante e Carlos Reygadas (<a href="http://www.imdb.com/name/nm1196161/">http://www.imdb.com/name/nm1196161/</a>), produtor do filme e diretor de cinema. Em ‘Batalla em el cielo’, longa-metragem de 2005 dirigido por Reygadas, Amat Escalante havia trabalhado como seu assistente, após troca de e-mails entre os dois. Anos antes, tendo assistido ao filme ‘Japón’, de 2003, também dirigido por Reygadas, o seu futuro colega de trabalho resolveu lhe escrever, falando de seus gostos em comum e de seus projetos. Apesar das comparações entre os dois, Escalante afirma que ambos utilizam formas velhas, e cita Michael Haneke como uma grande influência.</span></span></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Em ‘Sangre’ (<a href="http://www.mantarraya.com/index.php/fuseaction/site.movie/movID/4/lg/en/">http://www.mantarraya.com/index.php/fuseaction/site.movie/movID/4/lg/en/</a>), é contada a história de um casal da classe média mexicana. Diego trabalha como guarda em um prédio do governo, enquanto sua esposa, Blanca, trabalha em uma pizzaria. O cotidiano deles é bastante tedioso, baseado em assistir tv, fazer sexo discutir, até que a filha de Diego, Karina, surge para transformar suas vidas. Através da fotografia excelente e de um recorte de cenas bastante pessoal, o filme consegue capturar o espectador por todo o desenrolar da trama, que toma novo fôlego conforme Diego vai perdendo o controle da situação.</span></span></div><img src="http://1.bp.blogspot.com/_J63jVWR-TxQ/S_czYHWjTqI/AAAAAAAAAO4/QuioYGw5Npg/s320/sangre4.jpg" style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 180px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5473900361475640994" /><div style="text-align: center;"><span><span>Assista ao trailer: <a href="http://www.youtube.com/watch?v=tyK8mgwyiJk">http://www.youtube.com/watch?v=tyK8mgwyiJk</a></span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Lançado em 11 de maio de 2005, na mostra “Um Certo Olhar” (Um Certain Regard), dentro do Festival de Cannes, ‘Sangre’ recebeu o Prêmio FIPRESCI, seção paralela mais importante dentro do festival francês. Escalante reconhece que o filme é bastante pessoal, considerando-o “um melodrama sem drama”. Mesmo sem jamais ter estudado cinema, o diretor soube desde criança que essa é a sua grande vocação, apesar das dificuldades enfrentadas por ele em um lugar pobre como sua cidade natal, Guanajuato. “É assim em todas as áreas, e buscar oportunidades é nosso trabalho”, conforma-se Escalante. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span>‘Sangre’ foi filmado em 16mm, com uma câmera Aaton XTR Prod, e teve um orçamento baixíssimo, estimado em U$270.000. Atualmente, o diretor Amat Escalante está filmando um curta-metragem, o sucessor de seu último longa ‘Los Bastardos’, de 2008, que fará parte de uma coletânea de curtas, intitulada ‘Revolución’. São dez filmes de dez diretores diversos, entre eles o ator Gael García Bernal, que analisam o que é a revolução nos dias de hoje, e o que ela significa para os jovens mexicanos. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Visite o perfil do filme no Facebook: <a href="http://www.facebook.com/pages/Sangre-AMAT-ESCALANTE/96430126262">http://www.facebook.com/pages/Sangre-AMAT-ESCALANTE/96430126262</a></span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: bold; ">Filmografia do diretor:</span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>2002 – Amarrados (15 min.) </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>2005 – Sangre </span></span></div><div><div style="text-align: justify;">2008 – Los Bastardos (90 min.): 24 horas nas vidas de Fausto e Jesus, dois mexicanos que trabalham ilegalmente em Los Angeles. Cada dia um novo serviço, cada dia a mesma pressão para conseguir dinheiro. A rotina deles é quase sempre a mesma, ficar na esquina da Home Improvement Store esperando por trabalho. Mas hoje, o serviço que eles arranjaram é bem remunerado se comparado com o efetivo usual. Hoje, Jesus carrega uma arma dentro de sua mochila. </div><span><div style="text-align: justify;"><br /></div></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span><b>Prêmios: </b></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Cannes Film Festival – 2005 </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Prêmio FIPRESCI Por ‘Sangre’ </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Thessaloniki Film Festival – 2005 </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Alexander de Prata Por ‘Sangre’ </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Mexico City International Contemporary Film Festival – 2006 </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Prêmio de Primeiro Filme Por ‘Sangre’ </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Bratislava International Film Festival – 2006 </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Prêmio de Melhor Diretor Por ‘Sangre’ </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Bratislava International Film Festival – 2008 </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Prêmio de Melhor Diretor e Prêmio do Júri Estudante Por ‘Los Bastardos’ </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Mar del Plata Film Festival – 2008 </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Prêmio de Melhor Filme Íbero-Americano Por ‘Los Bastardos’ </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Morelia International Film Festival – 2008 </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Competicão Feature Film Por ‘Los Bastardos’ </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Sitges – Catalonian International Film Festival – 2008 </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Prêmio New Visions Por ‘Los Bastardos’ </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span><b>Ficha técnica: </b></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Sangre </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>México/França - 2005 - 90 min – Drama – Cor - Espanhol </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span><span><b>Elenco:</b> </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Cirilo Recio Dávila – Diego </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Claudia Orozco – Karina </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Martha Preciado – Martita </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span>Laura Saldaña Quintero - Blanca</span></span><p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><span style=" line-height:150%;Arial","sans-serif"font-family:";font-size:11.0pt;"><o:p></o:p></span></p></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">*Release para a Mostra de Cinema Zona Livre 2010, no CCBB-RJ</div>Bruno Bazzohttp://www.blogger.com/profile/02378019341468620884noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-395773555837768866.post-77009556134111962662010-05-21T17:28:00.000-07:002010-08-22T03:08:10.490-07:00Moonlighting*<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:georgia;">Recentemente, o festival de Cannes exibiu o filme 4 Noites com Anna, do diretor polonês Jerzy Skolimowski. O longa encerrava um hiato de 17 anos sem lançar novas obras. O fato curioso despertou o interesse pelo restante de sua obra, e a internet foi a opção mais acertada para encontrar algumas respostas. Abrindo o leque da Zona Livre, Moonlighting mostra um cinema mais político, explorando a problemática dos imigrantes poloneses, e tendo o ator Jeremy Irons em grande atuação.</span></div><span><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><br /></span></div></span><div style="text-align: justify;"><span><span><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Retratando o tumulto politico em que se encontrava a Polônia no começo da década de 80, Skolimowski utilize-se da figura de alguns trabalhadores ploneses que que imigram para Londres, sem licença legal, a fim de trabalhar em uma obra para o chefe. Novak, o personagem interpretado por Irons, é o líder e gerente dos empreiteiros, sendo o único que domina o idioma inglês, e é também o úncio que toma conhecimento da ditadura militar instaurada em seu país. A volta para casa seria um enigma para todos.</span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><br /></span></div><img src="http://1.bp.blogspot.com/_J63jVWR-TxQ/S_ctBF3jjXI/AAAAAAAAAOw/tjnHclPaJxU/s320/(sjff_02_)img0852.jpg" style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 242px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5473893368870440306" /><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"> Para interpretar o personagem principal, Novak, um trabalhador que sai da Polônia para trabalhar em Londres, Jeremy Irons teve que aprender polonês. Sua performance é vibrante, e deve ser encarada com crédito por levar ao espectador emoções bastante próximas da realidade, sejam elas de simpatia e apoio à situação conturbada em que se encontram os trabalhadores poloneses retratados ou até mesmo de desaprovação diante de algumas atitudes tomadas por Novak. O fato é que, invariavelmente, toda a questão política do filme, tratada de maneira sensível e ao mesmo tempo impactante, gera diversos sentimentos.</span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"> Um quarto de século após seu lançamento, Moonlighting ainda soa atual, ressoando no cotidiano de tantos imigrantes que estão tentando a sorte longe de suas casas, tendo que conviver com a distância e as dificuldades a que o trabalho os impõe.No filme, Novak é o único dos trabalhadores poloneses que sabe exatamente a turbulência pela qual a Polônia estava passando e, pensando no melhor para eles, o personagem vivido por Irons esconde a verdade. Sua luta por dinheiro é uma característica bastante forte nos poloneses, e está ligada diretamente à luta pela sobrevivência, algo com o qual eles têm lidado por muitos anos.</span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style=" font-weight: bold; font-family:georgia;">Sobre o diretor:</span></div><br /><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:georgia;">Jerry Skolimowski nasceu em 1938, na Polônia, e já dirigiu mais de vinte filmes até hoje. Sua estréia foi com “Oko Wyko!”, de 1960, e atualmente ele vive em Los Angeles, pintando quadros e atuando em alguns filmes. Além de seu trabalho como diretor, Skolimowski escreve e atua. Formado em cinema pela Polish Film School, sua obra é absolutamente inspirada pela infância vivida em meio à Guerra. Seu pai era membro da Resistência Polonesa e foi executado pelos nazistas, enquanto a mãe escondia uma família judia em sua casa.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><br /></span></div><div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:georgia;">Ainda na faixa dos 20 anos de idade, Skolimowski publicara diversos livros, de poemas e contos, além de uma peça. Acabou se tornando ator enquanto fazia a faculdade, e estreou no filme “Innocent Sorcerers”, de 1960, dirigido por Andrzej Wajda. Em seguida, começou a trabalhar com o renomado cineasta Roman Polanski, colaborando com o roteiro de “Knife in the water”, 2 anos mais tarde. Entre 1964 e 1984, ele produziu seis trabalhos semi-autobiográficos: "Rysopis, Walkover, Barrier" (1966), "Hands Up!" (lançado apenas em 1981), "Moonlighting" (1982) e "Success is the Best Revenge", além de ter suas peças originais de “Le Départ” e “Deep End” adaptados. Entre 1970 e 1992, foram mais seis filmes, com uma produção relativamente grande: (The Adventures of Gerard, King, Queen, Knave, The Shout, The Lightship, Torrents of Spring e Ferdydurke),todos contendo sua assinatura própria.</span></div><span><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><br /></span></div></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style=" font-weight: bold; font-family:georgia;">Prêmios:</span></div><div style="text-align: justify;"><span><span><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><b>Cannes Film Festival 1982</b></span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Best Screenplay</span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Nominated - Golden Palm</span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><b>Evening Standard British Film Awards 1983</b></span></span></span></div><div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:georgia;">Best Film</span></div><span><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><br /></span></div><span><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:georgia;">*Release para a Mostra de Cinema Zona Livre 2010, no CCBB-RJ</span></div></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:Arial, sans-serif;font-size:130%;"><span class="apple-style-span"><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"></span></span></div></span></span><p></p></div>Bruno Bazzohttp://www.blogger.com/profile/02378019341468620884noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-395773555837768866.post-18324792800501961042010-05-21T17:13:00.000-07:002010-08-22T03:09:44.279-07:00Ex Drummer*<div><br /></div><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_J63jVWR-TxQ/S_ciikpxgCI/AAAAAAAAAOg/I-GdG8oAbNM/s1600/%28130908114222%29image2.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 241px; height: 320px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_J63jVWR-TxQ/S_ciikpxgCI/AAAAAAAAAOg/I-GdG8oAbNM/s320/%28130908114222%29image2.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5473881849441910818" border="0" /></a><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; font-family: verdana;"><span class="apple-style-span"><span style=""><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"><span class="Apple-style-span" style="white-space: normal;">Uma banda de rock composta por três punks aleijados e um baterista manipulador. Eis o motim principal de ‘Ex drummer’, filme belga dirigido e adaptado por Koen Mortier, que causa comoção e choque por onde quer que passe, seja nas salas de exibição ou até mesmo na internet, e que será apresentado pela Mostra Zona Livre no CCBB, no Rio de Janeiro.</span></span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; font-family: verdana;"><span class="apple-style-span"><span style=""><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"><span class="Apple-style-span" style="white-space: normal;"><span class="ecxapple-style-span"><span style="">O filme (</span></span><a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Ex_Drummer">http://en.wikipedia.org/wiki/Ex_Drummer</a>)<span class="ecxapple-style-span"><span style=""> </span></span><span class="apple-style-span"><span style="">conta a história de músicos fracassados que, apesar da idade já meio avançada e de suas deficiências, ainda perseguem o sonho de se tornar rock stars. Por razões pouco coerentes, eles convidam um famoso escritor, Dries,</span></span><span class="ecxapple-style-span"><span style=""> para se juntar a eles numa banda. Mesmo não levando fé naquele trio formado por um baixista de braço paralisado, um guitarrista semi surdo e um vocalista com a língua presa, o sujeito aceita o convite para a disputa de um festival de rock local, dando início a uma relação perturbada, envolta em sexo, violência e distúrbios familiares.</span></span></span></span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; font-family: verdana;"><span class="apple-style-span"><span style=""><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"><span class="Apple-style-span" style="white-space: normal;"><span class="ecxapple-style-span"><span style=""><span class="apple-style-span"><span style="">Baseado no romance homônimo do belga Herman Brusselmans (</span></span><a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Herman_Brusselmans">http://en.wikipedia.org/wiki/Herman_Brusselmans</a>)<span class="apple-style-span"><span style="">, ‘Ex drummer’ vai fundo na experimentação visual e técnica.</span></span><span class="ecxapple-style-span"><span style=""> </span></span><span class="apple-style-span"><span style="">O desenrolar da trama </span></span><span class="ecxapple-style-span"><span style="">é impactante até para os espectadores mais acostumados com esse tipo de narrativa, e mostra, tendo como cenário uma Bélgica até então pouco vista nas telas, a fragilidade humana de uma maneira crua e universal. Alguns comparam o filme ao clássico ‘Trainspotting’ por seu teor perturbador e temática, mas não espere que a aura politicamente incorreta que o envolve apareça de forma gratuita. Mortier está mais preocupado em transpor para a tela uma história por si só caótica e complexa sem se preocupar com a forma que o público e a crítica irão recebê-la. Se a idéia é fazer comparações, pode-se dizer que o resultado final é o ‘Trainspotting’ que sofreu um estupro.</span></span></span></span></span></span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center; margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; font-family: verdana;"><span class="apple-style-span"><span style=""><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"><span class="Apple-style-span" style="white-space: normal;"><span class="ecxapple-style-span"><span style=""><span class="ecxapple-style-span"><span style=""><span class="ecxapple-style-span"><span style="">Assista ao trailer: </span></span><span style=";color:#000000;" ><a href="http://www.youtube.com/watch?v=USA2E06eLj4">http://www.youtube.com/watch?v=USA2E06eLj4</a></span></span></span></span></span></span></span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; font-family: verdana;"><span class="apple-style-span"><span style=""><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"><span class="Apple-style-span" style="white-space: normal;"><span class="ecxapple-style-span"><span style=""><span class="ecxapple-style-span"><span style=""><span style=";color:#000000;" ><a href="http://www.youtube.com/watch?v=USA2E06eLj4"></a>Em seu primeiro longa-metragem como diretor, Koen Mortier conseguiu grande visibilidade internacional, principalmente em festivais importantes como o de Toronto, Sundance, Rotterdam, Kiev e Edinburgh, onde o filme foi exibido. Foram 4 prêmios conquistados, entre eles o de melhor estreia no Montreal Festival Fantasia, no Raindance e no Fant-Asia Film Festival, e prêmio especial do júri no Warsaw International Film Festival. Atualmente, Mortier está em fase de pré-produção do seu segundo longa, mais uma vez com roteiro adaptado por ele de um romance, intitulado ‘Haunted’.</span></span></span></span></span></span></span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; font-family: verdana;"><span class="apple-style-span"><span style=""><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"><span class="Apple-style-span" style="white-space: normal;"><span class="ecxapple-style-span"><span style=""><span class="ecxapple-style-span"><span style=""><span style=";color:#000000;" ><span class="ecxapple-style-span"><span style="">Lançado primeiramente na Bélgica em 31 de janeiro de 2007, o filme também é conhecido pelo título “My way is the highway”. As locações utilizadas ficam em Middelkerke e Ostend, ambas cidades belgas. ‘Ex drummer’ foi todo gravado em 35mm. Segundo a curadoria da Mostra Zona Livre, </span></span><span style="">o universo que o filme possui não é nem um pouco convidativo e sua corrosividade consegue ser sarcástica suficiente, e com muita habilidade, sobre muitos dogmas do cinema atual, inclusive mandando para bem longe qualquer diplomacia.</span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; font-family: verdana;"><span class="apple-style-span"><span style=""><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"><span class="Apple-style-span" style="white-space: normal;"><span class="ecxapple-style-span"><span style=""><span class="ecxapple-style-span"><span style=""><span style=";color:#000000;" ><span style=""><span class="ecxapple-style-span"><span style="">De acordo com o <i style="">The Guardian </i>(</span></span><a href="http://www.guardian.co.uk/theguardian">http://www.guardian.co.uk/theguardian</a>), <span style="">“há uma energia escura de humor absurdo, e você se sente como se precisasse de um belo banho após assisti-lo”. <span class="ecxapple-style-span">Confira mais detalhes no site oficial do filme: </span></span><a href="http://www.exdrummer.com/"><span style="color:#000000;">www.exdrummer.com</span></a></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; line-height: 150%; font-family: verdana;"><span style=""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; line-height: 150%; font-family: verdana;"><b style=""><span style=""><o:p>Filmografia do diretor:</o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; line-height: 150%; font-family: verdana;"><span style="">1995 – Ana Temnei (9 min.)<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; line-height: 150%; font-family: verdana;"><span style="" lang="EN-US">1997 – A Hard Day’s Work (13 min.)<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; font-family: verdana;"><b style=""><span style="" lang="EN-US"><o:p> </o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; font-family: verdana;"><b style=""><span style="" lang="EN-US"><o:p>Prêmios:</o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; font-family: verdana;"><span style=""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; font-family: verdana;"><b style=""><span style="">Brussels International Film Festival - 1997<o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; font-family: verdana;"><span style="">Prêmio SABAM<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; font-family: verdana;"><span style="">Por ‘A Hard Day’s Work’<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; font-family: verdana;"><b style=""><span style=""><o:p>Sarajevo Film Festival - 1997</o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; font-family: verdana;"><span style="">Prêmio da Audiência<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; font-family: verdana;"><span style="" lang="EN-US">Por ‘A Hard Day’s Work’<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; font-family: verdana;"><b style=""><span style="" lang="EN-US"><o:p>Uruguay International Film Festival - 1997</o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; font-family: verdana;"><span style="">Prêmio Especial do Júri<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; font-family: verdana;"><span style="">Por ‘A Hard Day’s Work’<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; font-family: verdana;"><b style=""><span style=""><o:p>Montreal Festival Fantasia - 2007</o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; font-family: verdana;"><span style="">Prêmio de Melhor Estreia<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; font-family: verdana;"><span style="">Por ‘Ex Drummer’</span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; font-family: verdana;"><b>Raindance Film Festival - 2007</b></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; font-family: verdana;"><span style="">Prêmio do Júri<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; font-family: verdana;"><span style="">Por ‘Ex Drummer’<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; font-family: verdana;"><span style=""><o:p><span class="Apple-style-span" style="font-weight: bold;">Warsaw Internacional Film Festival - 2007</span></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; font-family: verdana;"><span style="">Prêmio Especial do Júri<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; font-family: verdana;"><span style="">Por ‘Ex Drummer’</span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; font-family: verdana;"><b style=""><span style="">Fant-Asia Film Festival - 2008</span></b><span style=""> <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; font-family: verdana;"><span style="">Prêmio do Júri<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; font-family: verdana;"><span style="">Por ‘Ex Drummer’<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; font-family: verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: bold;">Ficha técnica:</span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; font-family: verdana;"><span style="">Ex Drummer<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; font-family: verdana;"><span style="">Bélgica – 2007 – 100 min – Comédia/Drama – Cor – Holandês/Flamengo<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; font-family: verdana;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; font-family: verdana;">*Release para a Mostra de Cinema Zona Livre 2010, no CCBB-RJ</p>Bruno Bazzohttp://www.blogger.com/profile/02378019341468620884noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-395773555837768866.post-50924477665720071692010-04-20T01:51:00.000-07:002010-08-22T03:10:14.257-07:00Palavra do Mestre - 'Programa Rádio Retrô', na Ipanema FM*<div><br /></div>"Se quiseres, confia na pata do coelho. Mas lembre-se: Ela não trouxe sorte ao coelho".<div><br /></div><div><br /></div><div>*<span class="Apple-style-span" style="line-height: 20px;font-family:'Trebuchet MS',Trebuchet,Verdana,sans-serif;font-size:13px;" >Um dos textos interpretados por mim no programa, em 2009, através do personagem "Kuxai Xang", numa homenagem aos precursores do rádio chinês. 'Rádio Retrô' ainda vai ao ar na Ipanema 94.9, todas as quartas, agora com apresentação exclusiva de Marquinhos Roset (Personagem interpretado por Marcos Kligman).</span></div>Bruno Bazzohttp://www.blogger.com/profile/02378019341468620884noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-395773555837768866.post-58613815234804436672010-04-20T01:21:00.001-07:002010-08-22T03:10:47.289-07:00Música Comentada - 'Programa Rádio Retrô', na Ipanema FM*<div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Pelo título da canção comentada deste bloco, pode-se ter uma ideia da carga poética que a mesma carrega: 'The worst', de tradução "O pior", é interpretada pelo conjunto musical The Rolling Stones, trazendo como voz principal o cigano selvagem Keith Richards. Seu violão carrega dedilhada, suavemente, a harmonia, preparando o ouvinte para a tragédia exposta em seus versos vindouros.</div><div style="text-align: justify;">"Eu lhe disse desde o princípio que sou o pior tipo de rapaz para você se envolver", sentencia o crooner enquanto temos a exata impressão de que as coisas não terminarão bem nesta relação amorosa aludida na canção. </div><div style="text-align: justify;">À melodia de "você confia demais em mim, logo verás", Keith recebe o auxílio vocal de Mick Jagger, dando ênfase ao sentimento obscuro para, em seguida, sentenciar: "Leve toda a dor, pois ela é sua de qualquer jeito". </div><div style="text-align: justify;">Se fosse possível sacramentar o ponto máximo deste nosso regalo musical, ele talvez seja a guitarra slide de Ron Wood, como uma lança afiada a fazer jorrar o rubro sangue dos nossos corações já convalescentes. </div><div style="text-align: justify;">Porém, faça você mesmo o seu julgamento sentimental, enquanto ouvimos 'The worst', de 1995, com o grupo inglês The Rolling Stones. </div><div style="text-align: justify;">Informou o correspondente Anthenor de Barros. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">*Um dos textos escritos e interpretados por mim no programa, em 2009, através do personagem "Anthenor de Barros", numa homenagem aos precursores do rádio. 'Rádio Retrô' ainda vai ao ar na Ipanema 94.9, todas as quartas, agora com apresentação exclusiva de Marquinhos Roset (Personagem interpretado por Marcos Kligman). </div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Bruno Bazzohttp://www.blogger.com/profile/02378019341468620884noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-395773555837768866.post-68633678481857948282010-04-19T02:56:00.000-07:002010-08-22T03:11:48.267-07:00Vai acontecer com vocês também, garotos<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Carlos ama Laura que ama Carlos que, pra fugir um pouco da rotina, foi lá e comeu a Karina, melhor amiga de Laura e que ama sexo acima de qualquer coisa. Sem peso na consciência, e sem camisinha. Parece que ele não gozou. No meio disso também aparecem Roberto e Gabi, em situações e enredos adversos; Roberto é colega de estágio de Laura, de vez em quando conversam sobre coisas banais, sem muita importância. Intercalam risadinhas e olhares sugestivos. Um dia tomaram café juntos na lanchonete do serviço, quase perderam a hora, mas nunca passou disso, um flerte. Laura é antiquada, acha que traição leva ao inferno. Não “aquele”, talvez um inferno próprio, cheio de culpa, arrependimentos e outros substantivos abstratos, bem abstratos, aliás. Além disso, ela ama Carlos, não esqueça. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Agora que foi corneada, Laura poderia finalmente ter algo real com Roberto. Talvez dure um mês só, talvez nem isso, não importa. Depois de um período de recolhimento amoroso e sexual, lógico. Ela não poderia passar por tamanha desilusão e, logo em seguida, cair nos braços de outro homem, um ser persuasivo e faminto por qualquer carne nova que apareça. Cá entre nós, ela seria uma vadia, por mais que as intenções de Roberto fossem as melhores possíveis. Mas isso não vai acontecer, e você sabe o porquê: Carlos e Karina tiveram apenas uma transa sem compromisso e bem meia boca, não precisam contar nada para Laura. Ela é muito sentimental, não iria entender e tampouco os perdoar. Sendo assim, Roberto continuará seu relacionamento indefinido com a outra personagem da história: Gabi. </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Roberto não ama Gabi, que também não o ama, apesar de ter uma síncope cada vez que desconfia de algum caso dele com outra. Sim, a maioria das mulheres realmente tem muitas coisas em comum. Roberto não sabe bem como enxergar Gabi; sempre foram amigos, gravavam cds com músicas um para o outro, até que, numa noite de porre, ficaram. Que sexo oral, pensou ele. Como encontrar uma garota bonita, apaixonada por Chuck Palahniuk e que saiba sugar um pau com tal maestria é coisa rara, segurou a moça. Fez bem. Ela? Tinha namorado um cara por 3 anos, antes de dar pra vários (quando digo vários, nesse caso, são vários), estava cansada de tudo isso. Achou em Roberto um amigo que, além de topar todos os seus fetiches, sabia fechar um baseado com perfeição e não deixava baba depois de dar um pega. Casaram. Evidente. Depois de uns 5 anos nessa história, perceberam que eram a melhor companhia que ambos poderiam encontrar. O que aconteceu depois disso não importa, e nem é pra ser triste, ora. Vai acontecer com vocês também, garotos. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O “amor”, entre aspas como deveria sempre ser escrito, de Laura e Roberto, que foi preconizado pelos anjos católicos, pelas almas penadas do espiritismo e pelas crentes virgens entre olhares intencionados e pensamentos besuntados em uma pureza bonita, tal como cada gato deve ter ao espalhar habilidosamente seu corpo em torno de si mesmo, após uma deliciosa refeição, e fechar os olhos pra sonhar com um carinho do dono, jamais se desenvolveu por completo, e virou pó. Virou lástima. Laura tampouco se casou com Carlos, não teve tempo: Ao voltar de uma viagem do interior com os pais, seu corpo foi esmagado contra um Corsa azul 2001 recém renegociado e ainda não pago. Ela tinha 23 anos, estava solteira e ultimamente não pensava muito em sexo e coisas sujas do gênero; Queria se formar, fazer alguma viagem ao exterior e começar yoga. Já não amava Carlos há algum tempo, percebera isso naturalmente e quis terminar o namoro, com um choro de criança e um soluçar, “me desculpa, as coisas mudaram, tu vai ser sempre especial”. Ainda o chamou de “amor” nesse dia, o último em que se viram. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Isso não se trata de um conto, passa longe em narrativa e intenção, muito menos uma crônica ou o que o valha. Pra mim, é uma livre tomada de consciência, porque, pra saber o que se passa dentro de qualquer peito arranhado, é preciso uma boa dose de audácia tola, qual aquela que empurra alguém que te quer bem pra longe e grita “liberdade” com plenos pulmões. E os meus pulmões, eles hoje estão obstruídos, e a minha liberdade ficou em algum outro lugar, porque eu não amo ninguém, porque eu tento afirmar com uma negação a escolha errada que não aceito chamar de minha. Eu hoje, aqui, me sinto só, mas, em muitos tem um pouco de mim que era bom e que foi mal aproveitado. Acontece que se quer um pouco do mundo todo, se quer compartilhar pensamento e orgasmo com todos eles! E todo mundo sabe que o mundo todo está cercado de imbecis, e da pior espécie: aqueles que atrapalham a tua foda. Era pra ser só sexo, mas eu brochei. Vou sentir a falta de todas que me “amaram” porque, de todas elas, não ficou mais nada. Vai acontecer com vocês também, garotos. <span style=""> </span><span style=""> </span></p>Bruno Bazzohttp://www.blogger.com/profile/02378019341468620884noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-395773555837768866.post-45166597365385182002009-10-04T23:32:00.000-07:002010-08-22T03:13:24.364-07:00Stand-up Drama<div align="justify"><p><span><span style="font-family:verdana;">Eu realmente começo a me preocupar mais com o mundo quando vejo que:</span><span style="font-family:verdana;"><br /></span></span></p></div><div align="justify"><span><span style="font-family:verdana;">- Marcos Mion ganha um prêmio!</span></span></div><div align="justify"><span><span style="font-family:verdana;"></span></span></div><div align="justify"><p><span><span style="font-family:verdana;">Ok, foi dado pela Mtv, lar deste e outros anencéfalos juvenis ao redor do mundo. E pelo que o Marcos Mion foi reverenciado: Pelo seu "twitter". Nossa, isso vai ficando mais perturbador. Aliás, eu deveria começar a me preocupar ainda mais com o mundo quando:</span></span></p></div><div align="justify"><p><span><span style="font-family:verdana;">- Milhões de pessoas passam o dia conectadas a este programa de computador totalmente livre (e a liberdade total dá frisson por si só), alimentando o ócio não-produtivo, o sedentarismo e outras mazelas produtoras de estrias;</span><span style="font-family:verdana;"> </span></span></p></div><div align="justify"><p><span><span style="font-family:verdana;">Ou seja, essas milhões de pessoas estão ali apenas para escrever e ler/bisbilhotar o que quiserem, e às vezes não querem, em tempo real durante o dia todo. Muitos defenderão os benefícios do mesmo quando utilizado de forma inteligente, porém, não consigo mensurar a quantidade de frases e pensamentos inúteis que tomam vaga nesse universo global de twitters. Só para não deixar o Marcos Mion sozinho, apesar de ele merecer: Luciano Huck tem um dos twitters mais lidos do Brasil (quiçá do mundo). Pausa.</span><span style="font-family:verdana;"><br /></span></span></p><p><span><span style="font-family:verdana;">Mas, bem, há salvação para todos e tudo é imagem, justificava-se a mulher do bispo agraciado por seus fiéis com um carro novo. Daí, eu penso que deveria começar a me preocupar um pouco com o meu mundo:</span><span style="font-family:verdana;"></span><span style="font-family:verdana;"><br /></span></span></p><p><span><span style="font-family:verdana;">- Vou tocar na noite - diz um conhecido, talvez convidativo ou apenas tentando se mostrar.<br /></span></span></p><p><span><span style="font-family:verdana;">- Legal - retruco. - Tu toca o quê? Guitarra? Baixo?<br /></span></span></p><p><span><span style="font-family:verdana;">- Não, eu sou dj.</span><span style="font-family:verdana;"><br /></span></span></p><p><span><span style="font-family:verdana;">Se colocar o cd de uma banda e apertar o play é "tocar", então o cara que só faz "stand-up comedy" tem toda a razão de se autodenominar ator. Jornalistas não precisam mais de um diploma para atuar, apesar de toda a responsabilidade social que carregam; por que palhaços deveriam? Aliás, o mundo jornalístico-capim tem me comovido, no mal sentido:</span><span style="font-family:verdana;"></span><span style="font-family:verdana;"><br /></span></span></p><p><span><span style="font-family:verdana;">- Dia desses, um apresentador de tv gaúcho se referiu a um rapaz que estava sendo autuado pela polícia, e era pobre, logicamente, da seguinte maneira: "Esse aí não tem mãe, é filho de chocadeira".</span><span style="font-family:verdana;"><br /></span></span></p><p><span><span style="font-family:verdana;">Como um ser com a mínima formação acadêmica, bem-remunerado e dito porta-voz da sociedade, utiliza esse tipo de linguajar ao se referir a um cidadão, ainda que no uso controverso do termo, provavelmente um réles ladrão de galinhas? Será que ele usaria tal palavreado chulo para denominar, por exemplo, a atual governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, acusada de receber verbas ilícitas de campanha? Creio que não, apesar de, assim como no caso dela, não haver veredicto jurídico que comprovasse a infração do tal sujeito. Um pouco de Kant e ética não faz mal a ninguém.</span><span style="font-family:verdana;"></span><span style="font-family:verdana;"><br /></span></span></p><p><span><span style="font-family:verdana;">São pueris banalidades que aglomerei aqui para tentar esquecer minhas maiores preocupações, aquelas que dizem respeito à minha pessoa, meu íntimo, meu umbigo e par de pernas. Eu, eu mesmo, o cara que, como você, tem diante dos olhos apenas aquilo que pode enxergar. Pois o que eu não conheço, logo, não existe. Mas eu tenho um conhecimento acerca da imbecilidade que me preocupa deveras, e eu não quero saber que existe um Marcos Mion de ego infla(ma)do, um Dado Dolabella milionário, ou a minha vizinha louca que sai à rua chamando por seu gato fugitivo às 4 horas da manhã - deixem-me em paz! Mas o que posso fazer, se sou parte e fruto do meio em que vivo? </span></span></p></div><div align="justify"><span><span style="font-family:verdana;">Por crer que minhas ações provém de relacionamentos muito mais do que de eventos externos, não vou matar, não vou me autoexilar. Não vou virar Travis Bickle. E, mantendo pernas na esfera cinematográfica, creio que eu deveria agora pegar meu cannoli, limpar a merda dos sapatos e começar vida nova na Bolívia.</span></span></div><img hidden="true" style="border: medium none; position: absolute; z-index: 2147483647; opacity: 0.6; display: none;" src="data:image/png;base64,iVBORw0KGgoAAAANSUhEUgAAABgAAAAYCAYAAADgdz34AAADsElEQVR4nK2VTW9VVRSGn33OPgWpYLARbKWhQlCHTogoSkjEkQwclEQcNJEwlfgD/AM6NBo1xjhx5LyJ0cYEDHGkJqhtBGKUpm3SFii3vb2956wPB/t+9raEgSs52fuus89613rftdcNH8/c9q9++oe/Vzb5P+3McyNcfm2CcPj9af9w6gwjTwzvethx3Bx3x8xwd1wNM8dMcTNUHTfFLPnX6nVmZpeIYwf3cWD/PhbrvlPkblAzVFurKS6GmmGqqComaS+qmBoTI0Ncu3mXuGvWnrJ+ZSxweDgnkHf8ndVTdbiT3M7cQp2Z31dRTecHAfqydp4ejhwazh6Zezfnu98E1WIQwB3crEuJ2Y45PBTAQUVR9X4At66AppoEVO1Q8sgAOKJJjw6Am6OquDmvHskZ3R87gW+vlHz98zpmiqphkkRVbQtsfPTOC30lJKFbFTgp83bWh7Zx/uX1B6w3hI3NkkZTqEpBRDBRzG2AQHcwcYwEkOGkTERREbLQ/8HxJwuW7zdYrzfZ2iopy4qqEspKaDYravVm33k1R91Q69FA1VBRzFIVvXbx5AgXT44A8MWP81yfu0utIR2aVK3vfCnGrcUNxp8a7gKYKiLCvY2SUvo/aNtnM3e49ucK9S3p0aDdaT0UAVsKi2tVi6IWwNL9JvdqTdihaz79/l+u/rHMxmaJVMLkS2OoKKLWacdeE3IsSxctc2D5Qcl6vUlVVgNt+fkPPcFFmTw1xruvT7SCd7nuVhDQvECzJH90h0azRKoKFRkAmP5lKTWAGRdefoZL554FQNUxB92WvYeA5UN4PtSqwB2phKqsqMpBgAunRhFR3j49zuU3jnX8k6fHEQKXzh1jbmGDuYU6s4t1rt6socUeLLZHhYO2AHSHmzt19ihTZ48O8Hzl/AmunD/BjTvrvPfNX3hWsNpwJCvwYm+ngug4UilSCSq6k8YPtxDwfA+WRawIWFbgscDiULcCEaWqBFOlrLazurupOSHLqGnEKJAY8TwBEHumqUirAjNm52vEPPRV4p01XXMPAQhUBjcWm9QZwijwokgAeYHlHYA06KR1cT6ZvoV56pDUJQEjw0KeaMgj1hPEY4vz2A4eW0/e1qA7KtQdsxTYAG0H3iG4xyK1Y+xm7XmEPOJZDiENzLi2WZHngeOjj2Pe+sMg4GRYyLAsx7ME4FnsyTD9pr0PEc8zPGRAwKXBkYOPEd96cZRvf11g9MDe7e3R4Z4Q+vyEnn3P4t0XzK/W+ODN5/kPfRLewAJVEQ0AAAAASUVORK5CYII%3D" id="myFxSearchImg" width="24" height="24" />Bruno Bazzohttp://www.blogger.com/profile/02378019341468620884noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-395773555837768866.post-29418948890625849762009-08-12T19:36:00.000-07:002010-08-22T03:14:49.899-07:00Atlético-MG 1 x 1 Palmeiras, dia 12/08, na Rede Globo<p align="justify">Assistir a uma partida de futebol com os amigos em um bar é diversão e trago garantidos, não importa o dia nem ao menos quem joga. Às vezes, porém, melhor opção é deixar-se simplesmente habitar uma confortável cama de casal king size com vista pro televisor e saborear um belo instante de contemplação esportivo-cultural, visto que as transmissões futebolísticas na tv estão entre os maiores fetiches do imaginário cultural brasileiro. Nessa quarta-feira, em apenas 10 mintuos (os que mais trotearam sobre meu cerébro ao longo da partida), sapequei - como é comum falar no jornalismo esportivo - algumas pérolas aqui transcritas. </p><p align="justify">Cléber Machado narra a voracidade com que o zagueiro atleticano atinge o atleta adversário: </p><p align="justify">- Veja, o jogador "chegou chegando", como dizia o filósofo.</p><p align="justify">(Terá sido Montesquieu ou Rousseau o empregador de tão peculiar vocabulário? Vou pesquisar.)</p><p align="justify">Logo em seguida, o ex-árbitro Renato Marsiglia comenta com absoluta clareza um lance duvidoso ocorrido dentro da grande área palmeirense:</p><p align="justify">- Não houve nada. Um puxou o outro, o outro subiu no um...</p><p align="justify">(Ah bom, foi só isso... Se um dos dois estivesse armado, aí talvez fosse falta.)</p><p align="justify">A gota d'água, para mim, foi o momento em que o técnico do time mineiro, Celso Roth (sem piadas, ok?), aparece em plano fechado, quase um 'close', soltando farpas e conselhos a seus discípulos em campo. Seria fato corriqueiro, não estivesse posicionado próximo dele um microfone exclusivo e indiscretíssimo da Rede Globo, que captou a mensagem em alto e bom som para todo o país: </p><p align="justify">- Porra, caralho!! Aí não, puta que pariu!!</p><p align="justify">É nesses dias que eu me pergunto: O que eu ia perguntar mesmo?! Droga, acho que estou ficando burro. Vou deixar a cama de lado e ir para a academia de ginástica. </p>Bruno Bazzohttp://www.blogger.com/profile/02378019341468620884noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-395773555837768866.post-56786240962833457242009-08-03T21:02:00.000-07:002010-08-22T03:15:35.111-07:00Os meus 10 discos nesses últimos meses<p align="justify">É apenas uma lista dos 10 discos que mais tenho ouvido ou que mais me impressionaram desde o começo de 2009 (hipoteticamente, não sou bom com datas), sob uma ênfase dotada de apenas um critério: meu gosto pessoal. </p><p align="justify">Ah, os discos que eu já cansei de escutar, ou que simplesmente ainda não conheço/não me empolgaram muito, não entraram nessa lista, óbvio. Eis os 10, em ordem não de preferência ou em qualquer ordem:</p><p align="justify">1) Bert Jansch - <em>Bert Jansch (1965)</em></p><p style="font-style: italic;" align="justify">- Maravilhoso cantor e guitarrista (caberia melhor dizer violonista, mas...) escocês, gravou esse seu primeiro disco em um apartamento de Londres, apenas violão e voz. Em algumas músicas Bert prefere se calar, entretanto, não compromete nem um pouco! <em><strong>Destaques: "Needle of Death" e "Courting Blues"</strong></em></p><p align="justify">2) Herbie Hancock, The Yardbirds e Tomorrow - <em>Blow Up Original Soundtrack (1966)</em></p><p style="font-style: italic;" align="justify">- A versão que eu tenho está sem as duas músicas do Lovin' Spoonful que, pelo que sei, constam no álbum original. Os Yardbirds têm uma música, "Stroll on", a mesma que eles aparecem tocando no filme, e o Tomorrow têm duas, matadoras. <em><strong>Destaques: As 12 faixas do Herbie Hancock, em especial "Verushka (part 1 e 2)"</strong></em></p><p align="justify">3) Nick Drake - <em>Bryter Layter (1970)</em></p><p align="justify"><em>- Esse é o segundo disco de um dos mais talentosos compositores populares ingleses do século passado - E olha que a lista é vasta! Infelizmente, Nick não teve tempo de aprofundar mais seu talento; deixou apenas 3 discos oficiais e um singelo material inédito gravado até sua morte trágica, em 1974, aos 26 anos de idade. <strong>Destaques: "Fly" e "Poor Boy" </strong></em></p><p align="justify">4) The Byrds - <em>Sweetheart Of The Rodeo (1968)</em></p><p align="justify"><em>- Um disco tão valoroso que até a capa é linda. Daqueles que o cara precisa ter o encarte e, de preferência, versão em vinil (apesar de eu não ser adepto à bolacha) e pôster. David Crosby não toca mais com seus irmãozinhos Byrds mas, em compensação, temos agora Gram Parsons e a cidade de Nashville para dar o ar folk que faltava ainda ao bando. <strong>Destaques: "You Ain't Going Nowhere" e "Pretty Boy Floyd"</strong></em></p><p align="justify">5) Stephen Stills - <em>Stephen Stills (1970)</em></p><p align="justify"><em>- Ex-membro do Buffalo Springfield e do Manassas, Stephen ficou mais famoso por fazer parte do grupo Crosby, Stills (sim, é ele!) & Nash, esporadicamente acompanhados do sufixo "Young", de Neil Young. Venerador convicto que sou de Neil, tenho ultimamente gerado tanta simpatia pela carreira de Stills que me ponho a questionar qual dos dois o mais talentoso, tal qual pondero entre a poesia de Olavo Bilac e Álvares de Azevedo (estou brincando, por favor!!). Como compositor, Neil bate Stills de longe, mas ao ouvir "We are not helpless", presente no disco aqui citado e que surge como resposta ao clássico "Helpless", de Neil Young, sinto que estou diante de uma bela disputa e me acomodo no sofá. <strong>Destaques: "Love the One You're With" e 'We Are Not Helpless"</strong></em></p><p align="justify">6) The Zombies - Odessey And Oracle <em>(1968)</em></p><p align="justify"><em>- Para quem não está muito familiarizado com os Zombies ou sequer os conhece, só há uma sentença: Dê um jeito de ouvir agora. É provável que eles toquem no seu rádio/ipod, e quem sabe de toda sua família, por muitos anos a fio, </em><em>entre vocais exatos e melodias apaixonantes. </em><em>Mesmo que com intervalos entre esses anos, como é meu caso, você e seus familiares irão adorá-los, sim. <strong>Destaques: "Care of Cell 44" e "Beechwood Park" </strong></em></p><p align="justify">7) Devendra Banhart - <em>Cripple Crow (2005)</em></p><p align="justify"><em>- Sobre a vida pessoal do artista, não sei se ela realmente reflete as características "esquisitas" de sua música. Mas, pelo que percebi, não se trata de apenas mais um outsider talentoso; Devendra conquistou certo reconhecimento além-lugar-comum do cenário independente. Esse disco segue a estrada de suas raízes latinoamericanas, lugar onde as faixas criam maior epifania. <span style="font-weight: bold;">Destaques: "Quedate Luna" e "The Beatles" </span><br /></em></p><div align="justify">8) The Flying Burrito Brothers - <em>The Gilded Palace Of Sin (1969)</em></div><p style="font-style: italic;" align="justify">- Mais uma banda do genial Gram Parsons, "Gilded..." é country rock de macho até os ovos (?!). Mas do tipo que as mulheres também gostam. De fato, não há muito o que falar sobre esse disco; é botar pra tocar e ser feliz no rodeio, seja você um cowboy do asfalto ou cowgirl (odeio essa terminologia). <em><strong>Destaques: Todo o disco</strong></em></p><p align="justify">9) Bob Marley & The Wailers - <em>At Studio One</em></p><p align="justify"><em>- São gravações feitas pelos Wailers no famoso Studio One, em Kingston, antes de lançarem o primeiro disco com Bob. Por não fazerem parte da discografia oficial, acabaram saindo em várias coletâneas, não sei exatamente os nomes delas. As conheci à beira da praia, nas férias, e afirmo que não há trilha sonora mais apropriada para uma manhã ensolarada de verão. <strong>Destaques: "What's New, Pussycat" e "I'm Still Waiting"</strong></em></p><p align="justify">10) Them - <em>The Story Of Them</em></p><p align="justify"><em>- O Them é uma banda irlandesa surgida em 1964 tendo como vocalista o "professor de todos" Van Morrison, de voz rouca e uma posteior carreira solo impecável. Esse disco duplo reúne praticamente todas as gravações do grupo com Morrison e é uma verdadeira pérola do rock garageiro e do rhythm n' blues! <strong>Destaques: "Baby, What You Want Me To Do" e "Turn On Your Love Light" </strong></em></p><p align="justify">Pra quem reclamar a falta de discos recentes, bem... juro que não é minha a culpa. Apesar de eu ter gostado bastante do último do Dylan e do Beck. </p>Bruno Bazzohttp://www.blogger.com/profile/02378019341468620884noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-395773555837768866.post-40774521529923645132009-04-15T14:36:00.001-07:002009-05-25T02:47:37.842-07:00#Sou da opinião de que ou você quer passar horas conversando com uma pessoa, ou ela não vale sequer 5 minutos do seu tempo.Bruno Bazzohttp://www.blogger.com/profile/02378019341468620884noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-395773555837768866.post-1693447067332805662009-04-15T14:33:00.000-07:002009-05-25T02:49:19.989-07:00Rádio Retrô<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_J63jVWR-TxQ/SeZS6w2anZI/AAAAAAAAANg/n_V3rWMri5g/s1600-h/radioretro2.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 320px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_J63jVWR-TxQ/SeZS6w2anZI/AAAAAAAAANg/n_V3rWMri5g/s400/radioretro2.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5325034778911219090" border="0" /></a>Com Marcos Kligman (Marquinhos Roset) e eu (Anthenor de Barros e Kuxai Xang)<br />Técnica de Gudi e BamBamBruno Bazzohttp://www.blogger.com/profile/02378019341468620884noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-395773555837768866.post-49732804543542020882009-02-03T23:39:00.000-08:002009-02-03T23:42:26.318-08:00(...) O homem inteligente não cria estardalhaços. Tal qual o velho Sócrates, ele sabe que nada sabe e então se arma de cautela, é gentil. Já o burro enche o peito de solidão, enquanto cospe suas pequenas verdades sustentáveis. O homem burro desconhece sua burrice, por isso o ar de superior. (...)Bruno Bazzohttp://www.blogger.com/profile/02378019341468620884noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-395773555837768866.post-83884663741673288882009-02-03T23:37:00.000-08:002009-02-03T23:43:58.972-08:00Resenha Crítica 1*<div style="text-align: justify;"><br />“Perfil – A vida como protagonista no texto jornalístico” baseia-se na análise do comportamento humano para traçar imagens de perfis na imprensa, através de estudos sobre diversos autores brasileiros e, principalmente, norte-americanos. Nesse trabalho, o autor Rafael Flores Terra utiliza-se bastante de obras localizadas dentro do movimento conhecido como “jornalismo literário”, procurando definições e sugestões junto a referências de autores ligados a esse formato, tais qual Gay Talese, Joseph Mitchell e outros. Apesar da boa relação existente entre essas visões teóricas, falta ao trabalho uma unificação de pensamento, uma vez que a grande diversidade de idéias não resulta numa tese objetiva.<br /></div><br /><div style="text-align: justify;">Para a construção desse trabalho, de forma organizacional e seqüencialmente muito bem elaborado, é possível notar a utilização em grande escala da técnica de pesquisa bibliográfica, voltada para a identificação e revisão de leituras acerca do tema escolhido, e entrevistas abertas, que se encaixam dentro de uma técnica qualitativa conhecida como “Entrevista em profundidade”. As duas parecem ter sido bem selecionadas, tendo em vista que o assunto da obra, os perfis como gênero jornalístico, dá enormes possibilidades de interpretações e estudos pré-determinados capazes de boa sustentação teórica.<br /></div><br /><div style="text-align: justify;">A primeira técnica constitui quase que a totalidade da metodologia utilizada no estudo que, ao longo de todos os capítulos, se volta para o registro de pensamentos de diversos autores, em citações diretas e esclarecedoras diante do tema abordado. Até mesmo por se tratar de um trabalho voltado à prática da literatura, fica mais fácil aproximar seu estudo àquilo que está sendo estudado, ou seja, falar sobre a literatura utilizando-se da mesma. Porém, essa revisão bibliográfica, apesar de solucionar questões levantadas de maneira prática e bastante ágil, parece descaracterizar o caráter único do trabalho, uma vez que não apresenta nada de novo ao conhecimento científico.<br /></div><br /><div style="text-align: justify;">Ao utilizar-se de entrevistas abertas, ou seja, sem itinerários ou roteiros, na pesquisa por dados e visões esclarecedoras sobre o assunto em questão, o autor consegue a clareza que procura para as indagações do texto, como na definição do professor da PUCRS, Leonam, em determinada parte do texto, para a posição do repórter na construção do perfil e do perfilado, contrariada por Rafael com base em outra definição teórica, e em seus próprios questionamentos.<br /></div><br /><div style="text-align: justify;">Ao longo de sua obra, Rafael tenta encontrar funções sociais e jornalísticas para os perfis e perfilados, com um grande número de anexos inseridos junto ao texto, a fim de exemplificar com dados mais reais e autênticos suas conclusões. Assim, vemos sua preocupação em desvendar não apenas um histórico de perfis no mundo, como celebridades e pessoas comuns com histórias extraordinárias (segundo o próprio autor), mas também em apresentar a importância e características principais dos grandes perfiladores, como os citados anteriormente.<br /></div><br /><div style="text-align: justify;">Utilizando-se de métodos estritamente ortodoxos, o autor consegue prender a leitura do início ao fim, com idéias claras e escrita padrão (apesar dos diversos erros gramaticais, sendo um deles logo no início dos agradecimentos). “(...) para mim rabiscar histórias”, e “essa deve ser uma das razões da baixa estima do brasileiro(...)”, são erros gravíssimos de revisão e não condizem com um trabalho acadêmico que se propõe a ser fonte de pesquisa e de conhecimento empírico.<br /></div><br /><div style="text-align: justify;">No capítulo um, intitulado “O perfil e os perfilados”, são apresentados conceitos e definições para o perfil dentro do jornalismo, nas palavras de autores brasileiros. Como principal análise, está a de que o texto de perfil tem como base e principal função retratar atores sociais, uma vez que o núcleo de sustentação narrativo são as pessoas. Autores como Sergio Vilas Boas e Muniz Sodré são utilizados como fonte de pesquisa e auxiliam na discussão diante de os perfis como sendo um gênero jornalístico ou, conforme defende o pesquisador José Marques de Melo, apenas integrante do gênero interpretativo. Aqui, temos a impressão logo de cara que falta ao texto uma maior definição teórica, pois não há homogeneidade naquilo que está sendo apresentado como base de discussão.<br /></div><br /><div style="text-align: justify;">No capítulo seguinte, “Um pouco de história”, nos são apresentados perfis do passado e do presente, que retratam figuras humanas de forma jornalística e literária. Por ser considerado o berço desse tipo de linguagem, os Estados Unidos ganham maior destaque, em citações às revistas “Esquire”, “The New Yorker” e “Life”, dentre as mais famosas que se utilizam enormemente dos perfis. Há também espaço para as publicações nacionais e regionais, porém em menor escala e profundidade. Como constatação controversa, a de que um bom perfil depende mais daquele que o transforma em texto do que do personagem analisado.<br /></div><br /><div style="text-align: justify;">Dando continuidade ao texto, chegamos ao terceiro capítulo, de nome “Não basta escutar, tem que sentir”, onde Rafael parece se perder um pouco mais na sua representação de conceitos, bem como em erros gramaticais e de pontuação. A defesa da literatura, embasada na obra de jornalistas consagrados por sua escrita mais rebuscada, certamente é um ganho adicional à obra, bem como a sua sustentação em defesa do repórter como trabalhador engajado na construção do perfil literário e de leitura agradável, ainda que esse esteja “desaparecido” das redações mais próximas. São citações atrás de citações, e a impressão que mais toma forma é a da falta de consenso dentro do capítulo, pois uma sobreposição de teorias e academicismo não necessariamente torna o trabalho mais plausível de compreensão ou esclarecimento diante do tema. Pelo contrário.<br /></div><br /><div style="text-align: justify;">“Perfil, o gerador de empatias” é o último capítulo e, justamente, aquele onde o autor se propõe a solucionar os problemas desse trabalho (e olha que são vários). Na busca por uma definição do principal papel desempenhado pelos perfis dentro das necessidades jornalísticas, são apresentados diversos pontos de vista. Integrante do gênero interpretativo, gerador de empatias e identificação, são as possibilidades atestadas, assim como a transformação da figura perfilada diante da sociedade após publicação. É interessante notar, ao longo do trabalho, a preocupação de Rafael com o lado humano do jornalismo, seja esse humanismo vindo da figura trabalhada em texto ou do próprio repórter, que enxerga e encontra verdades no outro de forma invariavelmente pessoal.<br /><br /><br />*Tema de casa pra PUCRS em cima de um TCC<br /></div>Bruno Bazzohttp://www.blogger.com/profile/02378019341468620884noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-395773555837768866.post-21356626071432586112008-10-21T23:19:00.000-07:002010-08-22T03:23:14.600-07:00De quando eu pensava que o Collor morava com sua "Dinda" rica<div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Se não me falha a memória, nem a matemática, esse pequeno regalo encontrado entre minhas bugigangas à serviço de futuros netos é datado do ano de 1992, e chega à sua publicação agora como sendo o primeiro "poema" que escrevi na vida, aos 9 anos de idade. Mais do que um contributo pessoal, é a importância do período em que vivíamos que lhe traz significação hoje, 16 anos e algumas evoluções depois. Nosso presidente era o então em fase de purgatório público Fernando Collor, e eu, aluno da 4</span><span class="Apple-style-span" style="font-weight: bold;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">°</span></span><span class="Apple-style-span" style=""><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"> </span><span class="Apple-style-span" style=""><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">série </span><span class="Apple-style-span" style=""><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">do Mãe Admirável, me candidatei como um dos que iria "falar no microfone" diante do colégio todo numa apresentação. Função escolhida: Criar uma poesia. </span></span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Involuntariamente, minha satisfação ao re-encontrar a infância é totalmente egoísta, pois, ter aparecido em aula dias depois com esse tipo de reflexão diante dos outros que tanto me pareciam inatingíveis, como a professora e os alunos das turmas mais adiantadas, e ver essas mesmas pessoas me ovacionarem ao final da Parkinsoniana leitura, mostra uma época alegre de uma criança insegura e tímida que reagiu impulsivamente, felizmente. Eu era um garoto muito bacana e nem fazia idéia. </span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Eis o poeminha, intitulado "Brasil": </span></div><div><br /></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Brasil, Pátria idolatrada</span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Muito amada pelo teu povo</span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Vive um dos piores momentos</span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Onde todos tem sofrimento</span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><br /></span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Prometemos que vamos mudar</span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">E que este país vai melhorar</span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Um povo sofrido</span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Que luta até morrer pra te honrar</span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><br /></span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Se o Presidente quiser o melhor pra ti</span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Terá que se demitir</span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Se o povo ajudar, o Brasil vai andar</span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Andar para frente</span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Renuncia, Presidente!</span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Fernando Collor renunciaria meses depois, após ter seu processo de impeachment aberto em votação televisionada para todo o país.</span></div>Bruno Bazzohttp://www.blogger.com/profile/02378019341468620884noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-395773555837768866.post-20993448141670145362008-05-06T03:06:00.000-07:002010-08-22T03:23:51.518-07:00Debate televisivo entre políticos e amigos em 05/05/2008<br /><br /><span style="font-style: italic;">Alceu Collares:</span><br />- Mas eu não sou capaz de matar sequer uma mosca, quanto mais um ser humano!<br /><span style="font-style: italic;">Pedro Américo Leal:</span><br />- O senhor está dizendo que eu seria capaz, então?<br /><span style="font-style: italic;">Bibo Nunes:</span><br />- De repente, na ditadura militar...Bruno Bazzohttp://www.blogger.com/profile/02378019341468620884noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-395773555837768866.post-53700192490790474502008-04-22T20:15:00.000-07:002010-08-22T03:24:13.431-07:00Wendy ou Walter Carlos?Ele, nascido, Walter, pioneiro, da, música, eltrônica e, sintetiza, dores. Nos anos, 60 conheceu Robert Moog do Moog sim.<br />Switched-On Bach é, o primeiro álbum dele de 68 ainda Walter Carlos ele.<br />Bach + sintetizador = patinação e, sucesso Grammy platina<br />Acordes: Nem pensar: só uma nota! Por vez! Várias pistas! MOOG, Vianna<br />1972: É Wendy! Um ano depois Carlos abre o Ziggy Stardust and Spiders From Hell da colega inglesa com sua versão da colega austríaca a sinfonia nona aquela.<br />Gravou, a trilha, do, Laranja Mec,,;,.,ânica, Iluminado, mas eu acho que essas músicas que ela/ele faz dão no saco (sem trocadilho cruel com esse sujeito que é realmente um gênio) e só têm valor pela informação histórico-bizarra e porque tem quem goste mas essa é só minha opinião caí<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_J63jVWR-TxQ/SA6qquwMZoI/AAAAAAAAAGc/MHgBna1I8JE/s1600-h/carpix02.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="http://3.bp.blogspot.com/_J63jVWR-TxQ/SA6qquwMZoI/AAAAAAAAAGc/MHgBna1I8JE/s320/carpix02.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5192275071486158466" border="0" /></a>Bruno Bazzohttp://www.blogger.com/profile/02378019341468620884noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-395773555837768866.post-31364070535506433282007-12-30T21:37:00.000-08:002010-08-22T03:25:37.484-07:00Casa do Artista Riograndense pede ajuda*<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; line-height: 150%;"> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: center; line-height: 150%;" align="center"><i style="">Sem receber apoio governamental, o Lar de idosos sobrevive de doações <o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; line-height: 150%;"><br />Fundada em Setembro de 1952 para abrigar artistas gaúchos desamparados, a Casa do Artista Riograndense tem enfrentado inúmeras adversidades para se manter ativa ao longo desses anos todos. Não existe nenhum tipo de incentivo legal vindo de entidades governamentais, e o único meio de subsidiar todas as despesas que o local exige é através de doações da comunidade a algumas ações da diretoria, como realização de shows, <st1:personname st="on">sara</st1:personname>us, entre outras coisas. Apesar de não cobrar nenhum tipo de auxílio financeiro de seus moradores, a entidade tem recebido contribuições por parte dos mesmos, que atualmente têm arcado com o pagamento da luz e da água.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; line-height: 150%;"><br />Situada no bairro Glória, <st1:personname productid="em Porto Alegre" st="on">em Porto Alegre</st1:personname>, a Casa do Artista serve de lar para 8 pessoas de idade já avançada, entre elas músicos, atores e pessoas ligadas ao rádio. Alguns ainda estão na ativa, como é o caso do ator e músico Zé da Terreira. Contando até hoje com um certo prestígio entre a classe artística, Zé vive em constante movimentação criativa, ministrando oficinas para os jovens, participando de realizações teatrais, performances e shows musicais. Teve um cd lançado no ano de 2002 através do Fumproarte, intitulado “Quem tem boca é pra cantar”. No seu currículo ainda é possível descobrir diversas atividades marcantes, como sua participação na peça “Hair”, que foi montada em 1969 no Rio de Janeiro e tinha no elenco Sônia Braga, Ney Latorraca e outros atores de renome nacional. Morando da Casa desde o ano de 2001, Zé mostra-se contente com o funcionamento da rotina dentro da Casa: “Aqui dentro não há controle, não tem alguém que mande ou interfira na individualidade da pessoa. Cada um prepara sua própria refeição e se organiza da maneira que preferir. Há liberdade total”. Mesmo assim, acredita que é possível gerar uma infra-estrutura mais favorável aos moradores. “A gente tem que ir atrás de recursos, cada melhoria que conseguirmos trazer aqui pra dentro é uma vitória enorme”, enfatiza Zé, enquanto se prepara para realizar mais uma atividade fora da Casa.<span style=""> </span><span style=""> </span><span style=""> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;">De acordo com o diretor da entidade, Darcílio Messias, entre as principais dificuldades enfrentadas para a manutenção da Casa do Artista está o fato de não haver uma renda regular, uma vez que as doações e verbas conseguidas são escassas e nem<o:p> </o:p>sempre conseguem suprir todas as dificuldades financeiras. “As últimas direções que nos sucederam negligenciaram na suas relações com os poderes públicos municipal e estadual e a Casa passou por momentos de dificuldades extremas”, afirma Darcílio. Segundo ele ainda, a ajuda de órgãos governamentais traria enormes benefícios à sociedade, visto que o local é um bem de todos. “Essa relação com os governantes vem sendo retomada e, embora ainda não tenha resultado numa ação mais concreta por parte das autoridades, algumas tratativas já começam a ser esboçadas. Mas, por enquanto, muito pouco tem sido feito”, diz o diretor. A comissão de diretoria é sempre nomeada pelo Sindicato dos Artistas, e entre os antigos diretores da Casa está o diretor de teatro Dilmar Messias e o professor Dante Barone.</p><br /><br />*Não lembro onde saiu isso, nem quando. Mas a casa ainda está lá.Bruno Bazzohttp://www.blogger.com/profile/02378019341468620884noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-395773555837768866.post-79408232489152725422007-10-15T00:19:00.000-07:002007-10-15T20:29:04.084-07:00Para agradar meninas indecisas<p class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">As intenções dos caras que eu conheço quando saem à noite são sempre as melhores possíveis: Transar e se drogar. Realmente não há coisa muito mais excitante a se fazer, mesmo se você é rico e pode brincar de tiro ao alvo com os móveis da casa. Ou com seus pais. Nesse caso, é melhor roleta-russa, porque daí se der merda é vontade divina. Tédio é pior do que ressaca. Por isso eu bebo, pra não virar psicopata. Certa vez, quando eu tinha lá por uns 11 anos, meu tio Jorge me falou algo que transformou o mundo em que eu vivia num lugar muito mais próspero e feliz de se habitar: “As gurias pensam em sexo tanto quanto os guris, só que elas não falam”. Uau. Era tudo que eu precisava ouvir àquela altura da vida. Eu nem sabia de que jeito se chegava a um orgasmo, mas como convencer uma menina a transar era a questão que mais importava na minha breve existência (as coisas não mudaram tanto). Muito menos me ocorria a idéia de que, em algumas situações, quem deveria ser convencido era eu. Me levar pra cama naquela época teria sido a maior barbada do mundo (realmente as coisas não mudaram tanto).<br /><br />A vida parece algo muito divertido quando se tem 11 anos. Minhas únicas preocupações eram atingir o Nirvana (a banda, lógico), completar o álbum de figurinhas do Campeonato Brasileiro e fazer ligações a cobrar para as freiras do Mãe Admirável, colégio responsável pelos traumas mais marcantes na criança que eu era. A começar pelo nome ridículo: Mãe Admirável. Foi nessa época que aconteceu minha primeira desilusão amorosa. Eu era apaixonado pela Caroline, e durante uns dois anos ela me engambelou de uma forma que daria inveja a qualquer publicitário renomado. Famoso cu doce. Pra piorar, o irmão mais velho dela me batia e a guria dava risada. No outro ano, quando nos separaram de turma, eu me irritei. Decidi que não ia mais correr atrás e comecei a tratá-la com indiferença. Foi então que tudo mudou. Nos intervalos, ela me seguia com os olhos, dava sorrisinhos e vinha puxar assunto. “<i>Piranha”</i>, pensava eu, enquanto reparava que após todo esse tempo a menina agora desenvolvera os seios.<br /><br />Sem querer, junto com meu tio ela acabou sendo de extrema utilidade na construção de um perfil rude e simplório das relações intersexuais, que me acompanharia por um bom tempo ainda: “Homens e mulheres podem ter os mesmos tipos de interesses, porém quando um percebe o interesse do outro, fode tudo”. Na minha cabeça, ambos gostavam de sofrer, de dificultar, vide meus pais. Lembro da melancolia que senti quando ouvi pela primeira vez “<i>The long and winding road”</i>, do Paul McCartney, e estava tudo ali, tudo que eu queria ouvir e dizer. Rezo pra ele todas as manhãs. Quando o Paul cantava “<i>You left me standing here a long, long time ago. Don’t leeeave me waiting here, lead me to your doooooor”</i>, por algum motivo meu peito ficava apertado e eu sabia que ainda haveria tristeza o bastante pra mim. A luta desde então tem sido me desvencilhar ao máximo de mim mesmo e de qualquer forma de sentimentalismo exacerbado. Tem sido duro. Devia ter virado padre. Pedofilia é muito menos desgastante, basta comprar um chocolate e correr pro abraço (literalmente).<br /><br />Adoraria poder dizer o quanto hoje eu me sinto maduro e hábil com relação a essas bobagens todas, mas se parece muito com ontem. O pior é crescer e descobrir que tudo que se aprendeu sobre amor e felicidade estava terrivelmente fora de contexto. Você vira um Pac Man à procura de qualquer satisfação barata e a única forma de se sentir acolhido é num inferninho do Centro, dizendo pra puta: “<i>Quero gozar na cara”</i>. Nunca paguei por sexo, não sou normal. Tenho problemas comigo mesmo, admito, ouvi Sonic Youth por anos a fio e imagino em toda mulher a Kim Gordon (deve ser por culpa da microfonia). Loira, de saia, tocando baixo e fumando. Como diria um amigo meu, “<i>mulher que fuma, dá”</i>.<br /><br />Teorias... Há uns dias atrás, conversando com meus amigos e ídolos Carlos Hahn e Zé Pedro, surgiu no ar a constatação unânime e óbvia de que qualquer teoria sexual que tente rotular as mulheres é pura coisa de imbecil. Babaquice de criança. Tirando aquela clássica que diz que não existe mulher feia e tal... Eu gosto daquelas garotas que fazem o cara dizer “<i>puta que pariu, eu odeio essa guria”</i>, mas não gosto das que são negligentes, que uma hora estão contigo e no outro dia já têm outro. Gosto das lésbicas e das "lésbicas" com aspas, que ainda estão se descobrindo. Das que bebem mas mesmo assim não ficam vulgares. Das que fazem da diferença um charme, das que lêem o que eu escrevo com carinho e então escrevem de volta, mas o meu coração também reserva espaço para as patricinhas que fazem chapinha e nunca lêem nada até o fim porque precisam assistir o filme novo da Sandra Bullock no 12. Na verdade, só existe um tipo de mulher que me agrada: A que me quer. As outras eu consigo rejeitar da mesma forma. Sei lá do que eu gosto... Gosto de banheiros públicos e suas várias funções. Dormir na casa dos outros também é muito bom. Dormir olhando as estrelas. Poucas sensações se comparam a de dormir sobre um casaco na rua, ouvindo Roberto Carlos na Caiçara enquanto tu se dá conta de que o dia vai nascer logo, e as pessoas estão seguindo seus rumos e murmuram na distância, mas nada disso importa ali, porque tudo vai ser teu mesmo quando acordar.<br /><br />O grande foda é que sou meio sem iniciativa quando não alcoolizado, mas no fundo até que soa legal. Aliás, eu sou legal. Nunca durmo nos primeiros dez minutos após o sexo. Nem durante. Eu me viro muito bem sozinho, os outros é que são a merda. Kim Gordon e eu já bastaríamos para que existisse Caim e Abel, maçã, serpente e etc. E também a Juliette Binoche, pra apimentar a coisa. O físico Stephen Hawking só entrou na busca da “Teoria de Tudo”, onde tenta explicar todos os fenômenos do universo em todas as escalas, porque não podia comer ninguém. Ele não saberia dizer de fato o que é preciso para agradar meninas indecisas. Nem eu. Eu não entendo de teorias, então tento a prática. Os mecanismos que unem e separam as pessoas são mais complexos que o cosmos, porque o sexo é a mola propulsora de tudo. Só pra terminar, será que alguém tem figurinhas do Brasileirão de 95 pra trocar? Ainda me faltam as do Ricardo Rocha e do Tupãzinho pra completar o álbum.</p>Bruno Bazzohttp://www.blogger.com/profile/02378019341468620884noreply@blogger.com37tag:blogger.com,1999:blog-395773555837768866.post-32674546132136308142007-08-25T22:55:00.000-07:002010-08-22T03:29:25.188-07:00Mais punk do que erudito<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_J63jVWR-TxQ/RtTUPLf-LEI/AAAAAAAAAGA/As5wpnyG2WU/s1600-h/foto+008.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="http://1.bp.blogspot.com/_J63jVWR-TxQ/RtTUPLf-LEI/AAAAAAAAAGA/As5wpnyG2WU/s400/foto+008.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5103937634967628866" border="0" /></a><br /><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt; line-height: 150%;">Cerveja vem, cerveja vai, e ao tentar descompassar o ritmo da conversa que já beira ao incompreensível àquela altura da noite, meu amigo Thiago comenta, enquanto larga o isqueiro sobre a mesa: “Aqui do lado de casa tem ensaio de uma banda todo sábado, no Julinho”. A bocejante resposta dada por meu corpo ao tomar conhecimento de mais um grupo de rock que surge no mundo acaba camuflada pela perplexidade de ouvir que o colégio Júlio de Castilhos, famoso por seu passado político e importância histórico-cultural, hoje cede espaço à música eletrificada. “Não, mas é banda de colégio. Banda marcial”, retruca ele, voltando-se ao copo que esquenta. “Bom, acho que já tenho uma pauta pra aula de quarta”, penso eu.<span style=""> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt; line-height: 150%;">Enquanto jovens de diferentes classes sociais se aprofundam a cada dia mais nas vertentes musicais popularizadas a partir da segunda metade do século XX, como o rock n' roll e seus agregados, senhores de cabelos rasos e experiência avançada vão abandonando a cena de mãos dadas a outros ritmos apagados, como a música clássica, o jazz e o blues. Creio que no meio disso estão as bandas marciais, transitando entre o popular e o erudito, a música considerada comercial e a refinada. Com seus instrumentos de percussão e sopro, de leitura mais sofisticada. Com maestro e formação semelhante às orquestras. Os uniformes dos integrantes e seus desfiles ritmados fazem parte do ritual, ou da alma das bandas marciais, muito comuns até a década de 70, assim como o whisky e o cigarro compõem o cenário de qualquer clube de jazz, muito comuns até se descobrir que é possível ser uma estrela da música conhecendo apenas 3 acordes. E o Julinho, onde entra nisso? É o que eu pretendia descobrir e, quem sabe, fazer parte. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt; line-height: 150%;">Fazer parte da banda, é lógico. Se você descobrisse que um monte de gente ensaia e se diverte há poucos metros de distância da sua casa, não ia querer se juntar a eles? Saber tocar é o de menos, afinal grandes músicos começaram assim, influenciados pelas pessoas mais próximas. Além disso, minha intenção nunca foi fazer da música um ganha-pão, ainda mais no Brasil, e por esse motivo não me constrange dizer que todas as bandas de que eu participei acabaram no anonimato (nem tanto assim, mas soará mais triste a você, leitor). Agora eu tinha um novo instrumento a que me dedicar, não mais a guitarra e o contrabaixo elétricos, tão surrados mundo afora: O trompete. Por muitos anos, ele conduziu em mim uma força motriz capaz de invejar as mais belas garotas na luta por atenção. Até tentei tocá-lo, uma vez, mas não consegui produzir qualquer som agradável. Grande coisa. É impossível, para qualquer admirador convincente de música, não criar raízes sólidas e profundas de afeto com o famoso trompetista norte-americano Chet Baker ao desabotoar os primeiros botões de sua obra. Antes disso, porém, talvez se materialize a imagem eternizada do músico em decadência e que abusava de entorpecentes, mas isso eu encontraria em qualquer esquina, não era minha principal intenção.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt; line-height: 150%;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_J63jVWR-TxQ/RtTRQLf-LAI/AAAAAAAAAFg/x0Jjs0lCE8E/s1600-h/foto+051.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="http://1.bp.blogspot.com/_J63jVWR-TxQ/RtTRQLf-LAI/AAAAAAAAAFg/x0Jjs0lCE8E/s400/foto+051.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5103934353612614658" border="0" /></a> </p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt; line-height: 150%;">Convencionar imagens e realidades tem muito a ver também com a função social da imprensa e dos veículos de comunicação em geral, e a imagem que se criou a respeito do Julinho (muito graças a ocorridos reais, diga-se) é a de que a bagunça e a desorganização imperam lá dentro e nas redondezas, como de fato acontece com todo o ensino público gaúcho. Num sábado à tarde, porém, quem impera na entrada do prédio localizado na Avenida João Pessoa são o silêncio e a tranqüilidade. À minha frente surge a presença de um senhor de cabelos brancos, por quem eu seria muito bem conduzido durante aquela visita. Conversando com o ex-aluno e ex-integrante da banda marcial do colégio, de <st1:metricconverter productid="1959 a" st="on">1959 a</st1:metricconverter> 1967, Renan Lisboa, épocas completamente distantes e divergentes pareciam estar se unindo. De 1972 até setembro do ano passado, quando ele e outros ex-integrantes entraram no museu do Julinho para recuperar instrumentos abandonados e retomar as atividades musicais ali, a tradicional Banda Marcial Juliana era apenas parte de uma história. Graças à vontade desses senhores saudosos, ela voltou. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt; line-height: 150%;">O dinheiro é deles, a idéia e muito da dedicação também, mas as coisas funcionam de modo diferente agora dentro da banda. Com novos integrantes, novos instrumentos, com novas características, enfim, e isso acaba gerando um conflito de gerações. Os mais velhos querem o som da banda antiga, talvez para reviver aquela sensação do passado, mas isso é impossível. Até porque os mais novos querem tocar do jeito deles, afinal é a época deles. Eu não fazia idéia, até então, do que esperar de uma banda marcial, ainda mais uma que está recomeçando após tantos anos, num colégio público com fama de perigoso. A situação toda me lembrava aqueles filmes sobre escolas americanas do Brooklyn, em que o diretor é perseguido pelos alunos e no final tudo acaba numa boa. Acompanhado de Renan, um possível diretor perseguido, parte do passado e do presente do Julinho, de longe eu ouço a batida da bateria, e vou me animando, chegando mais perto, com a máquina fotográfica em punho, chegando perto, imaginando no barulho que se aproxima a claridade do trompete que eu almejo tocar, e torcendo para que, como nos filmes, as coisas terminem numa boa. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt; line-height: 150%;">O que mais impressiona, nesse novo contexto em que uma parte dos alunos do Julinho se encaixam, são as dificuldades encontradas ali dentro para que a banda possa seguir <st1:personname productid="em marcha. Cada" st="on">em marcha. Cada</st1:personname> integrante recebe vale-transporte para poder comparecer aos ensaios, além dos instrumentos e aulas. A maioria deles vêm de longe, alguns nem moram em Porto Alegre, e o colégio não tem renda suficiente pra bancar essas despesas. Quem arca com tudo são os ex-integrantes, que formam o conselho diretor e contam com algumas ajudas de fora. Situação ímpar se comparada com outras bandas marciais que atuam no nosso Estado, como as bandas do Colégio La Salle São João e a do Colégio Militar, ambas da capital, que contam com uma estrutura bem mais favorável. Só a AGB (Associação Gaúcha de Bandas) conta com 73 cadastradas, participando de festivais, competições, workshops. Parece muito, porém é um número bem menor do que já foi há anos atrás. Estou às costas de Renan, timidamente localizando-me dentro das instalações do Julinho. Atravessamos o pátio, chegamos na entrada do teatro, que vai surgindo vazio, vazio, até que explode. A banda está ali, e pelas próximas 2 horas eu nada mais consigo fazer além de fotografar e entrar naquele mundo.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt; line-height: 150%;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_J63jVWR-TxQ/RtTSg7f-LCI/AAAAAAAAAFw/thM1rhNDxZ4/s1600-h/foto+040.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="http://4.bp.blogspot.com/_J63jVWR-TxQ/RtTSg7f-LCI/AAAAAAAAAFw/thM1rhNDxZ4/s400/foto+040.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5103935740887051298" border="0" /></a> </p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt; line-height: 150%;">O lugar é enorme, o palco está escuro, e ali embaixo, entre cadeiras vazias e alguns olhares atentos (ou enciumados) de conselheiros, têm aproximadamente uns 70 caras tocando. Muitos usam boné, roupas largas e tênis importados, lembrando mais a composição de um grupo de hip-hop. Outros são mais arrumados, porém a maioria deles cruza uma faixa-etária próxima da minha: 20 e poucos anos. O som da banda toma conta do ambiente, como um estádio de futebol vazio presenciando uma final de campeonato. “Como é que eu não descobri isso antes, como é que as pessoas não sabem que isso acontece todo sábado, aqui, no Julinho?’. Provavelmente em outra situação, num sábado comum, eu estaria na rua tentando achar algo divertido, ou em casa, talvez ouvindo os Beach Boys, os Stone Roses. Essa é a minha realidade, como a da maioria que eu conheço: Música pop, e não os ensaios de uma banda marcial, “bandinha’, como as pessoas chamam. Azar o nosso. Isso que se passa no Julinho é muito mais legal do que qualquer banda nova que apareça. Antigamente considerado músico do demônio, ingrediente principal de uma tríade que une putaria e entorpecentes, numa imagem dionísica ao extremo, entre outras bobagens, o roqueiro moderno toma toddynho antes de ir pra academia e ganha uma guitarra elétrica a cada dois aniversários. Ser pai de um desses indivíduos é o sonho de qualquer ser humano com menos de 50 anos. Não tem nada de inovador e transgressor nisso. Com essa banda é diferente. A coisa se inverteu, a história é outra. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt; line-height: 150%;">Assim que o ensaio termina, ouço algumas reclamações dos integrantes ao maestro, que assume na minha mente a figura do diretor de escola do Brooklyn, porém não perseguido, mas sim companheiro dos alunos. Eles estão irritados com alguns conselheiros, que insistem na idéia de que a banda soe como era antes. “Eles querem que a gente toque como nos anos 60”, fala um deles em tom de deboche, enquanto a sala vem abaixo com as risadas. O maestro também ri, mas coloca claramente o problema: “São vocês que tocam, mas sem eles não tem banda, nós temos que conciliar os dois lados”. E a história não me soa tão passível assim de um final feliz. O medo de que os dois lados não consigam se entender me pega em cheio. Para os outros, porém, tudo isso parece ser apenas passageiro, diante de sua empolgação e da realidade que transformam com a música. Saindo dali, integrantes do presente e do passado se encontram num boteco, com divergências ou não, e fazem música na rua. Alguns trompetes, trombones e percussão sobre a mesa junto da cerveja. Essa é a imagem que fica do Julinho nesse sábado. É punk, é transgressor, vai além da simplicidade a que se está acostumado nos pequenos grandes sucessos atuais. Se fosse subterrâneo talvez não fosse tão underground quanto de fato é, escondido na cara dura do que não é tão noticiado. Azar o nosso.</p>Bruno Bazzohttp://www.blogger.com/profile/02378019341468620884noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-395773555837768866.post-65577451696501928672007-06-17T22:35:00.000-07:002010-08-22T03:30:43.888-07:00Um crime dissonante*<p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt; line-height: 150%; text-align: justify;"><br />No dia 3 de fevereiro de 1984, aos 36 anos de idade, o cantor e compositor porto-alegrense Carlinhos Hartlieb fora encontrado morto dentro de sua própria casa, na Praia do Rosa, <st1:personname st="on" productid="em Santa Catarina">em Santa Catarina</st1:personname>, localidade até então habitada por pescadores e pouco conhecida por pessoas que não fossem da região. Nu e tendo uma corda presa ao teto amarrada em seu pescoço, o corpo do cantor já estava em estado de decomposição, designando que desse jeito permanecia há, possivelmente, quatro ou cinco dias. Sem aguardar o resultado da necropsia e outras evidências, o delegado de polícia de Imbituba responsável pelas investigações, Haroldo Amorim Vicente, dá por encerrado o caso e define a causa oficial da morte: Suicídio. Assim os jornais Zero Hora e Correio do Povo do dia 5 de fevereiro relatavam para os gaúchos a morte de Carlinhos em suas edições com foto e matéria de capa. <o:p></o:p><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt; line-height: 150%; text-align: justify;"><br />Além de músico, Carlinhos era um agitador cultural incansável. Organizou os festivais “Rodas de som”, que aconteciam no Teatro de Arena, <st1:personname st="on" productid="em Porto Alegre">em Porto Alegre</st1:personname>, ajudando a lançar muitos artistas iniciantes na década de 70, como Bebeto Alves, Nelson Coelho de Castro, Musical Saracura, entre outros. Se apresentou ao lado da famosa banda de rock Liverpool, tendo composto o maior sucesso do grupo, “Por favor, sucesso”, e participou do histórico disco “Paralelo <st1:metricconverter st="on" productid="30”">30”</st1:metricconverter>, que reunia a nata de um movimento recém criado no Estado: A MPG. Seu único trabalho próprio oficialmente lançado chama-se “Risco no céu”, e só chegou às lojas postumamente. <o:p></o:p><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt; line-height: 150%; text-align: justify;"><br />Hoje, vinte e três anos depois do acontecido, o que se sabe a respeito da morte de Carlinhos Hartlieb vai muito além daquilo que foi dito pela imprensa na ocasião. Falar em suicídio é quase o mesmo que tapar os olhos e ouvidos para tudo que já se desvendou acerca do assunto, e isso é admitido inclusive po<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_J63jVWR-TxQ/RnYc-85XaoI/AAAAAAAAAEw/3SsxWYbqzzc/s1600-h/capa_77.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5077277497731017346" style="float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 220px; cursor: pointer; height: 220px;" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_J63jVWR-TxQ/RnYc-85XaoI/AAAAAAAAAEw/3SsxWYbqzzc/s320/capa_77.jpg" border="0" /></a>r profissionais que estavam ligados à cobertura do caso na época. "Ele foi assassinado", relatou recentemente o jornalista Wanderley Soares, ex-editor de polícia da Zero Hora. Dedé Ferlauto, repórter policial do jornal na época e amigo do cantor, fez questão de cobrir o caso pessoalmente. Foram publicadas três matérias. Nelas, levantaram-se algumas hipóteses além do suicídio. Conforme publicado na edição do dia 6 de fevereiro, tratando do sepultamento do músico <st1:personname st="on" productid="em Porto Alegre">em Porto Alegre</st1:personname>, Carlinhos possivelmente não teria se matado: “Esta violência (o suicídio) não foi dele. Isso não foi bem contado”, afirmou uma das sessenta pessoas que estavam presentes no velório. <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt; line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size:0pt;"><br /></span><span style="font-size:100%;">Juarez Fonseca, também jornalista da ZH em 1984, publicou um texto na contracapa do caderno “ZH Guia” prestando uma homenagem póstuma ao amigo. O conteúdo da coluna ainda era baseado na versão extra-oficial da polícia, apesar do próprio Juarez colocar em dúvida a natureza auto-destrutiva de Carlinhos: “Nunca o vi deprimido. E foram dezessete anos de convivência”. Em entrevista recente, Juarez levanta outra hipótese: “Não podemos nos esquecer que estávamos em plena ditadura militar e que Carlinhos poderia ser considerado um subversivo. Lembro que naquele tempo a polícia andava freqüentando constantemente as praias de Santa Catarina”. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt; line-height: 150%; text-align: justify;"><br />No dia 7 de fevereiro, a Zero Hora publicou a última reportagem tentando dar uma explicação plausível ao que de fato ocorreu na Praia do Rosa. Após reafirmar que Carlinhos teria sido morto por asfixia decorrente de estrangulamento, conforme informou o delegado encarregado da investigação, o jornal fecha com uma informação que poderia mudar os rumos do que se sabia até então: “O resultado do auto da necropsia realizado no corpo do músico só será conhecido oficialmente nessa quarta-feira, dia 08/02”. Após isso, nada mais foi publicado a respeito. Procurados para a realização dessa reportagem, Wanderley Soares e Dedé Ferlauto não quiseram falar sobre o caso.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt; line-height: 150%; text-align: justify;"><br />No livro “Carlinhos Hartlieb”, de Jimi Neto e Rossyr Berny, consta o resultado oficial do exame de corpo de delito: O corpo foi encontrado sem onze dentes e não apresentava fratura na coluna cervical – o que exclui a hipótese de estrangulamento. O próprio autor, em entrevista, compara a cena da morte a outro crime notório, ocorrido anos antes: “O Carlinhos estava com os joelhos encostados no chão e sem o pescoço quebrado, exatamente igual ao Wladimir Herzog. Ou seja, suicídio não foi mesmo”. Um dos depoimentos ouvidos conta que o suposto assassino de Carlinhos teria algum grau de parentesco com o delegado responsável pela investigação, o que fez com que tudo se resolvesse da maneira mais rápida e discreta possível. Como disse o cantor gaúcho Mutuca, primo-irmão do músico, “Ele foi morto e não temos prova de quem foi, só conjecturas. Uma linha de raciocínio clara foi estabelecida, apontando culpados, mas não podemos acusá-los”. <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt; line-height: 150%; text-align: justify;"><br />Muito já foi dito e pouco explicado. Além das possibilidades já levantadas, se cogita que a morte de Carlinhos também possa estar ligada a traficantes de drogas e a um marido enciumado. Rossyr Berny nos dá algumas pistas: “Nunca mais se mexeu no assunto porque ninguém quer arriscar o próprio pelego. Tem gente grande envolvida nisso, então o que nos resta é levantar hipóteses”.<br /></p><p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt; line-height: 150%; text-align: justify;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt; line-height: 150%; text-align: justify;"><br />*Texto feito em parceria com Térence Veras, para a cadeira de Projeto Experimental em Jornal, da Famecos-PUCRS. </p>Bruno Bazzohttp://www.blogger.com/profile/02378019341468620884noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-395773555837768866.post-16526029513916135842007-06-05T21:06:00.000-07:002010-08-22T03:31:20.657-07:00El concierto de los Rolling<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_J63jVWR-TxQ/RmZOns5XalI/AAAAAAAAAD0/Ts6EEbs-0r4/s1600-h/Zilker2.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5072828474253077074" style="display: block; margin: 0px auto 10px; cursor: pointer; text-align: center;" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_J63jVWR-TxQ/RmZOns5XalI/AAAAAAAAAD0/Ts6EEbs-0r4/s320/Zilker2.jpg" border="0" /></a> <p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><div style="text-align: justify;">Minha memória nunca foi muito boa. Esquecer nomes, rostos, datas e esse tipo de perspectivas mundanas é algo absolutamente comum para mim e, na verdade, não sei se tenho culpa, assim como os imbecis que persistem no erro de comportarem-se como melhores do que os outros (e quase nunca o são) também não têm. Aliás, creio que a inteligência e capacidade criativa sempre estiveram diretamente ligadas à simplicidade e ao bom humor. As pessoas mais inteligentes geralmente são as mais divertidas, enquanto as outras simplesmente não têm culpa de serem imbecis. Eu não tenho culpa se minha mente resolveu esconder um bocado de fatos ocorridos a partir do momento em que as luzes se apagaram no Estádio Monumental de Nuñez e, poucos segundos depois, Keith Richards surgiu na minha frente, mandando os primeiros acordes de “Jumpin’ Jack Flash”. Fiquei burro, pateta, adolescente histérico. Tensão, euforia e um leve desespero misturaram-se à garganta seca pela falta d’água em um peito desnudo, encharcado de suor. 60 mil pessoas me espremiam com todo seu calor e repulsa, eles queriam mais que o meu ar precioso. Vampiros sedentos era o que eu via, mas, “it’s alright now, in fact is a gas”. Eram os Stones, porra! Há meses eu imaginava como seria esse dia e, agora que se passou, lamento ter sido presenteado com uma memória tão desprovida de vitalidade, nada fotográfica eu diria. É como masturbação: Por mais que você tente, jamais conseguirá reproduzir mentalmente aquela transa histórica da maneira desejada. Alguns resquícios da noite em que Mick Jagger foi Mick Jagger há poucos metros dos meus olhos e dos dias próximos a ela ainda estão aqui guardados, e vou tentar reproduzi-los da maneira que quiserem vir. Vai ser uma visão um tanto perfurada em parcialidade, afinal, jogo no time daqueles que dariam a bunda pros caras caso gostasse da coisa. Eu disse “caso gostasse”. Enfim.<br /></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="color: rgb(204, 204, 204);"><br /></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="color: rgb(204, 204, 204);">Caminando yo no puedo</b><br /></p><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br /><span style="font-size:0pt;"></span><div style="text-align: justify;">A excursão que levou um bando de maníacos e alcoólatras para a Argentina no dia 19 de Fevereiro foi organizada pelo Cabelo, da banda Identidade, junto com a Operadora de Viagens Top Tufo, ou melhor, Top Tour. Não que eles tenham alguma culpa. Pedrão, o dono da bagaça, é um cara engraçadíssimo, lembra muito o falecido comediante do Saturday Night Live, Chris Farley, inclusive fisicamente. A dúvida que ficou no ar é se ele conseguiu finalmente descolar o famoso “aromatizador de ambiente” castelhano. O ônibus da trupe era bonito e tal, tinha dois andares, banheiro, TV, DVD, ar-condicionado, tudo certinho. Em cima ficavam os mais dorminhocos e, no andar de baixo, apelidado de “Dr. Jekyll”, o resto. Cada passageiro tinha direito ainda a uma parada na estrada para vomitar, direito esse exercido por alguns (não vou citar nomes) com enorme prazer. Comentário de um senhor de idade, morador de uma das cidadezinhas em<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_J63jVWR-TxQ/RmZFos5XaaI/AAAAAAAAACc/1B2ccmDMQaM/s1600-h/1180716932_f.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5072818595828296098" style="float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 200px; cursor: pointer; height: 147px;" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_J63jVWR-TxQ/RmZFos5XaaI/AAAAAAAAACc/1B2ccmDMQaM/s200/1180716932_f.jpg" border="0" /></a> que paramos, ao ver que alguém do ônibus filmava a bagunça na rua: "Tem que filmar o pessoal fumando maconha ali no bequinho. Onde já se viu"? Eu não vi nada. A viagem de ida, que tinha tudo para entrar nos anais da malha rodoviária sul-americana, acabou levando cerca de 30 horas, bem mais do que o previsto inicialmente. Ainda não se sabe se a culpa é de uma suposta divergência entre Argentina e Uruguai, que teria prejudicado o trajeto entre um país e outro, ou uma suposta bebedeira do motorista Sr. Wilson, como acreditam quase todos os integrantes da excursão. O importante é que a diversão não cessou por muito tempo, graças ainda mais a colaboração do Doce (ou Dulce, o líder), Ivens (Pica-pau Loco), Tessler (Thedy) e outras figuras, que traziam sempre um sorriso amigo no rosto e/ou um grito de guerra novo, mesmo que fosse às 3h da manhã. Fazer o quê? “Caminando yo no puedo”, pensava eu.<br /></div></div><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal"><b style="color: rgb(204, 204, 204);">Quilmes, Raulzito y Pancho cucaracho</b></p><div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_J63jVWR-TxQ/RmZKz85XafI/AAAAAAAAADE/LI9ZNodQbBQ/s1600-h/4874768.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5072824286659963378" style="display: block; margin: 0px auto 10px; width: 301px; cursor: pointer; height: 226px; text-align: center;" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_J63jVWR-TxQ/RmZKz85XafI/AAAAAAAAADE/LI9ZNodQbBQ/s320/4874768.jpg" border="0" /></a>Sobre a cidade, bem, o que falar? Pra quem vive em Porto Alegre, Buenos Aires é a coisa mais próxima do paraíso. Tá certo, Cidreira fica ainda mais perto. É preciso de no mínimo uma semana para aproveitar e conhecer decentemente o lugar, pois, além de gigante, é lindo, barato, divertido e cheio de garotas atraentes. O hotel Embaixador foi o QG da maior parte do pessoal, assim como desse que vos escreve. Localizado numa das principais avenidas da cidade, a Corrientes, e próximo ao famoso monumento fálico (e suspeito), o Obelisco, ele foi palco também de um dos momentos chatos da viagem, quando a Lucia, uma das belas integrantes do grupo, teve sua mochila furtada logo na entrada. É isso que dá se meter num lugar cheio de argentinos. Alguns hippies que vendem bugigangas em frente ao hotel foram companheiros de trago e festa na madrugada, inclusive cedendo um violão para o Rubão (das bandas Drive e X Galinha) destilar, além do whisky, clássicos do Raulzito, Cascavelletes e, claro, Stones. Bebidas alcoólicas são proibidas de serem degustadas na rua após certo horário, mas o jeitinho brasileiro está no sangue. Caminhar bebum pela Avenida Corrientes às 3h da manhã é uma experiência das mais inigualáveis e um tanto quanto reveladora. Outro ponto alto da primeira <a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_J63jVWR-TxQ/RmZLZc5XagI/AAAAAAAAADM/QF-QB-OicHg/s1600-h/DSC00753.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5072824930905057794" style="float: right; margin: 0pt 0pt 10px 10px; width: 258px; cursor: pointer; height: 195px;" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_J63jVWR-TxQ/RmZLZc5XagI/AAAAAAAAADM/QF-QB-OicHg/s320/DSC00753.JPG" border="0" /></a>noite em Buenos Aires foi o bar próximo ao hotel, onde se podia encontrar Quilmes e outras cervejas por um bom preço, Pancho (o cachorro quente dos hermanos) e a jukebox mais disputada da rua, que passava clipes numa tela gigante. Lugar sensacional. Quem não gostou muito da nossa presença no bar foi uma menina solitária, que deve ter se sentido deslocada com a quantidade de gritos proferidos a cada música dos Stones ou do Lennon que tocava. Sacanagem dela, eu juro que gritei quando a chica colocou no telão o clipe de “Total eclipse of the heart”, aquele clássico dos anos 80. A coitadinha quase chorou na mesa.<br /></div><p class="MsoNormal"><br /><b style="color: rgb(204, 204, 204);">Tangos de Piazzolla</b><br /><br /><span style="font-size:0pt;"></span></p><div style="text-align: justify;">Ressaca, quarto de pernas pro ar, banheiro encharcado, barulho no corredor do hotel, eis o dia 21. O dia D. Segunda noite mal dormida, mas ali ninguém parecia se importar. Alguns conseguiram pegar o café-da-manhã, o que não foi meu caso. Após um “almoço de primeira” regado a Pancho e algum tipo de cerveja cucaracha, chega o momento tão esperado: O embarque para o Estádio. São 13h e alguma coisa, o ônibus parte mais uma vez através das gigantescas avenidas e prédios de Buenos Aires, em um clima tão boêmio quanto aqueles descritos nos versos do escritor Sam Shepard acerca de uma América fodida e ainda assim poética. O lugar é longínquo, mas a vista é deslumbrante. A Argentina é um país que, assim como o Brasil, teria tudo para proporcionar o melhor a seus habitantes não fosse nosso passado latino-americano. Chegamos ao nosso destino, mas nem tudo são flores. Tangos do Piazzolla condizem melhor com a situação. Maratona pior do que encontrar a fila de entrada pro show deve ter sido aquela nas Olimpíadas de 2004, em que o irlandês filho-da-puta segurou o pobre corredor brasileiro há poucas reboladas do fim. Guardas argentinos também filhos-da-puta nos enrolavam como pais costumam fazer às crianças em shopping centers. Duas horas de caminhada, uma volta inteira no Estádio do River Plate, diversos perdidos pelo caminho e, finalmente, estamos na fila. Os argentinos são todos loucos, todos. E o pior: Todos eles usam mullets. É incrível e contagiante a animação dos caras, porém o mais engraçado foi a faixa que comprei por 5 p<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_J63jVWR-TxQ/RmZDmM5XaXI/AAAAAAAAACE/zRzMTiLTDeE/s1600-h/RSCT432.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5072816353855367538" style="float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 178px; cursor: pointer; height: 178px;" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_J63jVWR-TxQ/RmZDmM5XaXI/AAAAAAAAACE/zRzMTiLTDeE/s200/RSCT432.jpg" border="0" /></a>esos antes de me misturar à multidão na entrada. Ela continha os dizeres “Rolling Stone”, escrito com aquela régua que se usava no primeiro grau para escrever nas cartolinas. Mas e o “S”, onde está o “S” de “Rolling Stones”? "Pois é, faltou", explica-me a moça que o vendeu, sem saber bem que porra isso importa. Sem contar o investimento de 10 pesos em um boné com a língua dos Stones que, minutos depois, veio a descolar. Devia ter deixado pra fazer compras no Paraguai.<br /></div><p class="MsoNormal"><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">“</span><b style="color: rgb(204, 204, 204);">Ohh, vamos los Stones, vamos los Stones!!!”</b><br /><br /><span style="font-size:0pt;"></span></p><div style="text-align: justify;">Ainda estamos na fila, boa parte da galera do ônibus e muchachos muy locos. Uma foto nossa fora publicada no dia seguinte no jornal “La Nación”, os primeiros a chegar (vide a setinha vermelha na foto abaixo). Aos gritos de “Abre la puerta, la puta que lo pario!” e “Ohh, vamos los Stones, vamos los Stones!”, espécie de hino futebolístico que eles tanto gostam, a coisa vai esquentando ainda mais. São quase 17h quando finalmente abrem-se os portões, e a loucura extravasa. Alguns poucos metros de corrida nos transportam ao apogeu de todo roqueiro. Finalmente, estamos todos diante do gramado coberto que vai dar no palco principal. Impossível conter os berros. Minha mentalidade musical e infantil relembra “Rebellion (Lies)”, do Arcade Fire, enquanto loucas e felizes criaturas se dão conta de que não há praticamente nada nem ninguém que os separe da primeira fileira. A primeira fileira do show dos Stones. “Corre, seu bosta”, resmunga a voz dentro da minha cabeça já perturbada. Ok. “Aqui estou eu, sentado diante do palco, tomando um copo de água gelada, boquiaberto como meus amigos todos.” Mal sabia que as coisas não seriam assim tão tranqüilas pelas próximas horas. Logo entra a primeira banda de abertura, “La 25”. TNT fase cabeludos, mas piorado. Vem a seguinte, “Las Pelotas”. Cocô com mullets. A coisa começa a encher, o saco e o estádio. Diversão apenas quando o segurança joga suas garrafas cheias d’água, para delírio do público. Teve uma de dois litros que caiu bem na minha mão. Meu Deus, foi o banho mais agradável que já tomei na minha vida. E quando o crepúsculo começa a surgir em Buenos Aires, entra no palco um sujeito vestido à lá Bono Vox, com um capuz e pose de star. Eles parecem muito conhecidos por lá. Ainda faltam cerca de duas horas para o show dos Stones, mas a situação se torna assustadora para um asmático acompanhado de uma garota. Socos, empurrões, roda punk gigante. Misfits, Dead Kennedys? Poderia ser. Eram “Los Piojos”, e o inferno estava montado.<br /><br /></div><p class="MsoNormal"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_J63jVWR-TxQ/RmZI0c5XadI/AAAAAAAAAC0/sW8uT-e9QR8/s1600-h/mellores.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5072822096226642386" style="display: block; margin: 0px auto 10px; width: 399px; cursor: pointer; height: 231px; text-align: center;" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_J63jVWR-TxQ/RmZI0c5XadI/AAAAAAAAAC0/sW8uT-e9QR8/s320/mellores.jpg" border="0" /></a><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">“</span><b style="color: rgb(204, 204, 204);">Olê, olê, olê, olá... Richards, Richards”</b><br /><br /><span style="font-size:0pt;"></span></p><div style="text-align: justify;">Comentar a apresentação dos Rolling Stones quase um mês depois é tarefa complicada, mesmo tendo sido o show de uma vida toda. Eu fico pensando nas pessoas que reclamam porque eles só tocam os clássicos, dizem que estão decrépitos, blá blá blá. Vão tomar no cu. Quem viu o show deles no “Hyde Park” em 1969, dias após a morte do Brian Jones, ou até mesmo no especial “Rock n’ roll Circus”, com uma guitarra a menos, sabe que a banda é capaz de muito mais que aquilo. E foi o que aconteceu nessa turnê, como eu pude ver pela tv dias antes, em Copacabana. Pra chorar de alegria. O repertório dos dois shows foi semelhante, mas na no seu primeiro dia na Argentina, eles tocaram músicas um tanto obscuras para a maioria, como “Midnight Rambler”, “Shattered” e “Worried About You”, em versões arrasadoras. Se “Wild Horses” ficou de fora, mesmo tendo sido ovacionada no Rio, “Paint It Black” serviu como uma recompensa semi-orgástica. Ser humano algum conseguiu ficar parado assim que entrou a bateria, o Monumental veio abaixo, quase literalmente. Antes de continuar, é importante ressaltar que mais de 3 mil pessoas invadiram o estádio sem ingresso, causando um tumulto absurdo. Eu me encontrava próximo ao palco B quando enxerguei um arrastão de “Batistutas” atropelarem quem estivesse pela frente, segurando uma bandeira gigante e cantando algum hino sem nexo, lógico. Com certeza Copacabana deve ter sido muito mais tranqüila nesse sentido, apesar de tudo. Dane-se. Ainda no início, apó<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_J63jVWR-TxQ/RmZO7s5XamI/AAAAAAAAAD8/MDJ4m4co8vg/s1600-h/_41361876_060222stones2.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5072828817850460770" style="float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 292px; cursor: pointer; height: 225px;" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_J63jVWR-TxQ/RmZO7s5XamI/AAAAAAAAAD8/MDJ4m4co8vg/s320/_41361876_060222stones2.jpg" border="0" /></a>s apresentar a banda toda, Jagger vai tomar uma Coca Light e deixa a multidão nas mãos de Keith Richards, o cara mais afudê da história do rock. “Olê, olê, olê, olá... Richards, Richards”, ovaciona a multidão. Meio sem jeito pela homenagem, o guitarrista põe as mãos sobre o rosto, olha pro lado e sorri, contente como uma criança (junkie). Com um violão elétrico em punho, anuncia a próxima canção: “This place WOULD BE empty without you”. Voz rouca de bebum, parecia o Dylan. Até uma pedra teria se emocionado e, depois de rasgar nossos corações em pedaços, Keith ainda traz a redenção: “Happy”. Puta madre.</div><p class="MsoNormal"><br /><b style="color: rgb(204, 204, 204);">Cueca-Cuela</b><br /><br /><span style="font-size:0pt;"></span></p><div style="text-align: justify;">Muitos foram os pontos altos da apresentação portenha, obviamente: A versão stoneana para o clássico “The Night Time (Is The Right Time)”, do Ray Charles, foi simplesmente perfeita, com destaque para a backing vocal (2 metros de pernas) Lisa Fischer. Na humilde opinião desse que vos escreve, outra maestria da noite foi a música “Tumbling Dice”, uma das minhas prediletas. Ouvir ao vivo essa pérola do cancioneiro mundial arrematou de vez qualquer espasmo de incredibilidade. Não recordo com precisão a ordem do set list, mas com certeza as principais euforias foram causadas por “Honk Tonky Women”, “Start Me Up”, “Sympathy For The Devil” e “Satisfaction”, que fechou a noite tendo o riff de guitarra cantarolado por todo o público, mesmo após a saída da banda. Muita coisa boa ficou de fora, e seria totalmente impossível satisfazer aos fanáticos mais exigentes. Agora, qual fã dos Stones consegue não cantar junto o refrão “I said yeah, yeah, yeah, uhhhhh”, de “Brown Sugar”? Até o Bush cantaria se estivesse lá. Entre as canções do novo disco, a que mais empolgou foi “Rough Justice”, executada pela banda no palco B (no meio do show, um palco menor se deslocava por uma passarela até o centro do gramado, bem próximo da multidão). Particularmente, essa parte deve ter sido a mais marcante de toda a viagem: Visualizar com clareza a expressão braba e velha no rosto do Mick Jagger, devolvendo para o público as camisetas que lhe eram jogadas enquanto cantava “Is rough justice on ya”. Então eu olhava para o lado e lá estava o Keith Richards, com a camisa aberta e sua guitarra pendendo, levantando a perninha feito um cão sarnento. Tudo isso ali, na minha cara. Horas e horas de cansaço e o calor infernal de Buenos Aires não me importavam, mas tudo que meu corpo pedia nesse instante era alguma substância líquida muito gelada. Infelizmente, não havia mais água para vender (!), só na pia do banheiro. Coca-cola e dois picolés de frutas foram o que me manteve de pé até o final do show.<br /><br /></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_J63jVWR-TxQ/RmZM585XaiI/AAAAAAAAADc/5UI9iSMo80w/s1600-h/BuenosAires_2-21-06_DVDART_Choice1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5072826588762434082" style="display: block; margin: 0px auto 10px; width: 386px; cursor: pointer; height: 267px; text-align: center;" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_J63jVWR-TxQ/RmZM585XaiI/AAAAAAAAADc/5UI9iSMo80w/s320/BuenosAires_2-21-06_DVDART_Choice1.jpg" border="0" /></a> Após dormir por quase toda a viagem de volta, graças a um calmante misturado com whisky, e já em Porto Alegre, meu avô me pergunta, depois de ouvir alguns desses relatos: "Mas tudo isso só pra ver uns cabeludos"? Sim, vô. São os Stones. </p><span style="font-size:0pt;"></span><p class="MsoNormal"><span style="font-size:0pt;"><span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" ></span></span></p>Bruno Bazzohttp://www.blogger.com/profile/02378019341468620884noreply@blogger.com1